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sábado, 30 de maio de 2009
PROJETO HORTA ESCOLAR
A horta escolar tem como foco principal integrar as diversas fontes e recursos de aprendizagem, integrando ao dia a dia da escola gerando fonte de observação e pesquisa exigindo uma reflexão diária por parte dos educadores e educandos envolvidos.
O projeto Horta Escolar visa proporcionar possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe explorando a multiplicidade das formas de aprender.
Objetivos:
Valorizar a importância do trabalho e cultura do homem do campo;
Identificar técnicas de manuseio do solo e manuseio sadio dos vegetais;
Conhecer técnicas de cultura orgânica;
Estabelecer relações entre o valor nutritivo dos alimentos cultivados;
Compreender a relação entre solo, água e nutrientes;
Identificar processos de semeadura, adubação e colheita;
Conhecer pela degustação os diferentes alimentos cultivados bem como nomeá-los corretamente;
Cooperar em projetos coletivos;
Buscar informações em diferentes fontes de dados para propor avanços a desenvolvimento de técnicas;
Análise e reflexão sobre prejuízos dos desperdícios alimentares;
Compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde;
Instalação e Manejo da Horta
A escolha do local está vinculada a disponibilidade de sol, água, condições de terreno e proteção de ventos fortes e frios. Poderá ser implementada em área retangular, cercada com alambrado e com um portão de acesso. Deve-se observar que o acesso das crianças a horta não deve oferecer risco algum de acidentes.
Critérios para escolha do local para implantação da Horta
Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, mas precisam de muita luz para crescerem sadias e rapidamente.
Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito importante para a horta.
Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos compactados ou encharcados a quantidade de ar disponível no solo é insuficiente para a respiração das raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos casos o aparecimento de doenças nas raízes.
Composição do solo: analisando o solo, encontramos 4 elementos (argila, areia, a e matéria orgânica).
Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não apreciam ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos, aumenta muito o consumo de água.
Materiais necessários
Os materiais básicos definidos para um manejo adequado são:
§ Ancinho – utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato capinado
§ Colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de plantas
§ Enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações.
§ Garfo – coleta de mato e folhagem
§ Regadores de diferentes tamanhos permitindo manuseio das crianças
§ Sacho – para aforamento da terra a capina entre linhas de plantas.
Semeadura ou Plantio
1) Sementeira – A sementeira pode ser de material reutilizável. Como regra, a profundidade das sementes das hortaliças a serem semeadas dependerá do tamanho da semente. A sementeira deve ser previamente umedecida e ser mentida úmida com regas pela manhã e tarde.
2) Transplante – O transplante é feito após as mudas apresentarem 4 a 6 folhas. Observar que a sementeira deverá ser molhada para a retirada das mudas.
Seleção de Hortaliças para Plantio
Classificação segundo o consumo (alguns exemplos):
a) Hortaliças Folhas – alface, almeirão, couve, chicória, repolho, acelga;
b) Hortaliças Frutos – tomate, berinjela, pimentão, pepino, quiabo, abobrinha;
c) Hortaliças Flores - couve flor, brócolos, alcachofra;
d) Hortaliças Raízes – cenoura, beterraba, rabanete, nabo;
e) Hortaliças Condimentos – alho, cebolinha, salsa, coentro.
Manejo da Horta
Serão levadas a efeito no manejo da horta:
* Irrigar diariamente observado o melhor horário para sua efetivação;
* Retirar plantas invasoras;
* Afofar a terra próxima ás mudas;
* Completar nível de terra em plantas descobertas;
* Observar fitossanidade da horta (insetos e pragas, fungos, bactérias e vírus);
Colheita e Higienização
A colheita será feita obedecendo ao período de maturação das hortaliças. Será realizada a higienização com auxílio das merendeiras.
Consumo
A colheita após higienização será servida como parte da merenda escolar reforçando a alimentação das crianças e proporcionando maior variedade nas opções presentes.
SUGESTÃO PARA PESQUISA COM OS PAIS
Esta atividade visa envolver a participação dos pais no projeto, possibilitando aos professores uma visão geral dos hábitos de seus alunos
Nome do aluno: idade
Turma
Pesquisa:
Data:
O projeto Horta Escolar visa proporcionar possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe explorando a multiplicidade das formas de aprender.
Objetivos:
Valorizar a importância do trabalho e cultura do homem do campo;
Identificar técnicas de manuseio do solo e manuseio sadio dos vegetais;
Conhecer técnicas de cultura orgânica;
Estabelecer relações entre o valor nutritivo dos alimentos cultivados;
Compreender a relação entre solo, água e nutrientes;
Identificar processos de semeadura, adubação e colheita;
Conhecer pela degustação os diferentes alimentos cultivados bem como nomeá-los corretamente;
Cooperar em projetos coletivos;
Buscar informações em diferentes fontes de dados para propor avanços a desenvolvimento de técnicas;
Análise e reflexão sobre prejuízos dos desperdícios alimentares;
Compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde;
Instalação e Manejo da Horta
A escolha do local está vinculada a disponibilidade de sol, água, condições de terreno e proteção de ventos fortes e frios. Poderá ser implementada em área retangular, cercada com alambrado e com um portão de acesso. Deve-se observar que o acesso das crianças a horta não deve oferecer risco algum de acidentes.
Critérios para escolha do local para implantação da Horta
Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, mas precisam de muita luz para crescerem sadias e rapidamente.
Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito importante para a horta.
Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos compactados ou encharcados a quantidade de ar disponível no solo é insuficiente para a respiração das raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos casos o aparecimento de doenças nas raízes.
Composição do solo: analisando o solo, encontramos 4 elementos (argila, areia, a e matéria orgânica).
Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não apreciam ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos, aumenta muito o consumo de água.
Materiais necessários
Os materiais básicos definidos para um manejo adequado são:
§ Ancinho – utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato capinado
§ Colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de plantas
§ Enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações.
§ Garfo – coleta de mato e folhagem
§ Regadores de diferentes tamanhos permitindo manuseio das crianças
§ Sacho – para aforamento da terra a capina entre linhas de plantas.
Semeadura ou Plantio
1) Sementeira – A sementeira pode ser de material reutilizável. Como regra, a profundidade das sementes das hortaliças a serem semeadas dependerá do tamanho da semente. A sementeira deve ser previamente umedecida e ser mentida úmida com regas pela manhã e tarde.
2) Transplante – O transplante é feito após as mudas apresentarem 4 a 6 folhas. Observar que a sementeira deverá ser molhada para a retirada das mudas.
Seleção de Hortaliças para Plantio
Classificação segundo o consumo (alguns exemplos):
a) Hortaliças Folhas – alface, almeirão, couve, chicória, repolho, acelga;
b) Hortaliças Frutos – tomate, berinjela, pimentão, pepino, quiabo, abobrinha;
c) Hortaliças Flores - couve flor, brócolos, alcachofra;
d) Hortaliças Raízes – cenoura, beterraba, rabanete, nabo;
e) Hortaliças Condimentos – alho, cebolinha, salsa, coentro.
Manejo da Horta
Serão levadas a efeito no manejo da horta:
* Irrigar diariamente observado o melhor horário para sua efetivação;
* Retirar plantas invasoras;
* Afofar a terra próxima ás mudas;
* Completar nível de terra em plantas descobertas;
* Observar fitossanidade da horta (insetos e pragas, fungos, bactérias e vírus);
Colheita e Higienização
A colheita será feita obedecendo ao período de maturação das hortaliças. Será realizada a higienização com auxílio das merendeiras.
Consumo
A colheita após higienização será servida como parte da merenda escolar reforçando a alimentação das crianças e proporcionando maior variedade nas opções presentes.
SUGESTÃO PARA PESQUISA COM OS PAIS
Esta atividade visa envolver a participação dos pais no projeto, possibilitando aos professores uma visão geral dos hábitos de seus alunos
Nome do aluno: idade
Turma
Pesquisa:
Data:
1)Seu filho come legumes ou verduras regularmente?
( ) sim ( )não
2)Escreva seis preferências de seu filho
1)
2)
3)
4)
5)
6)
3)Você como pai ou responsável, acredita ser importante o Projeto Horta Escolar em nossa escola?
( )sim ( ) não
Por quê?
Assinatura do pai ou responsável -
SUGESTÃO PARA PESQUISA - RESUMO POR SALA DE AULA
Esta atividade visa envolver a participação dos pais no projeto, possibilitando aos professores uma visão geral dos hábitos de seus alunos.
Professor número de alunos
Turma
Data:
Números de alunos em contato com a horta -
Assinatura do pai ou responsável -
SUGESTÃO PARA PESQUISA - RESUMO POR SALA DE AULA
Esta atividade visa envolver a participação dos pais no projeto, possibilitando aos professores uma visão geral dos hábitos de seus alunos.
Professor número de alunos
Turma
Data:
Números de alunos em contato com a horta -
Hortaliças que mais gostam:
1)
2)
3)
Hortaliças que as crianças não apreciam:
1)
2)
3)
Atividades na horta que seus alunos mais apreciam:
( ) rega
( ) plantio
( ) retirada de pragas
( ) outras
Informações importantes:
Tomate
1)
2)
3)
Hortaliças que as crianças não apreciam:
1)
2)
3)
Atividades na horta que seus alunos mais apreciam:
( ) rega
( ) plantio
( ) retirada de pragas
( ) outras
Informações importantes:
Tomate
Vitamina A,C E e Ferro, Potássio
Maior resistência aos vasos sangüíneo, combate a infecções
Cenoura
Vitamina A, vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo
Regula o aparelho digestivo, purifica a bile e fortalece a pele
Cebolinha
Cálcio, ferro, niacina
Estimula o apetite, ajuda na formação de ossos e dentes
Abobrinha
Cálcio, ferro, vitaminas do complexo B e fósforo
Contra a fadiga mental, ajuda na formação de glóbulos vermelhos
Salsa
Ferro, vitamina A
Diurético, revitalizante
Alface
Ferro, cálcio, niacina, vitamina C
Combate insônia, ajuda na cicatrização dos tecidos
Almeirão
Vitaminas do complexo B e vitamina A
Protege a pele
Beterraba
Vitamina C, açúcar, vitamina do complexo B e vitamina A
Laxante, combate anemia e descongestionante das vias urinárias
Couve
Ferro, Vitamina A, cálcio,fósforo
Tônico, cicatrizante, estimulante do fígado
Repolho
vitamina A e C
Combate infecções, depurativo do sangue, estimula a produção de hormônios
Rúcula
Iodo, vitamina A e C
Cambate a fadiga, depura o sangue
Manjerona
Sais Minerais
Estimula a eliminação de muco nas vias respiratórias
Erva Cidreira
Sais Minerais
Tonico nervoso, combate cólicas intestinais
Hortelã
Sais Minerais
Analgésico, vermífugo,
Brócolis
Sais minerais
Flatulência, cólicas abdominais, diarréia
Espinafre
Vitamina A, tianina, potássio, ferro
Combate a desnutrição, manchas na pele e diabete
Berinjela
Sais minerais sódio, vitamina A
Antioxidante, baixa colesterol atua no fígado e
COMBATE AS PRAGAS - SOLUÇÕES PRÁTICAS E BARATAS
Chá de Sabugueiro
Ferver 300g de folha em 1 litro de água
Pulverizar
Controla pulgões
Solução Água e sabão
50g de sabão picado em 5 litros de água. Ferver
Pulverizar depois de esfriar
Controla pulgões e cochonilha
Gergelim
Providenciar um caminho de gergelim em volta do canteiro
Controla formigas, pois mata o fungo do qual se alimentam.
Suco de Pimenta
Fazer suco de pimentas vermelhas e água
Pulverizar
Controla formigas cortadeiras
Leite de Vaca
Usar puro
Pulverizar puro nas plantas controla o oídio em abóboras
Soro de Leite
Usar puro
Pulverizar
Controla ácaros
Macerado de Camomila
Imergir um punhado de flores em água por 2 dias
Pulverizar
Controla doenças fúngicas
Macerado de Cebola
1 kg de cebola em 10 l de água, deixar curtir por 2 dias
Diluir na proporção de 1:3 - Pulverizar
Controla lagarta e pulgões
Cobertura com casca de arroz
Utilizada como cobertura morta entre as plantas
Controla pulgões e moscas brancas
Macerado de manjericão
1 kg de manjericão em 1 l de água por 1 hora em descanso
Diluir na proporção 1:3
Controla besouros
Coentro
Cozinhar folhas de coentro em 2 l de água
Diluir na proporção de 1:3
Controla ácaros e pulgões
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Corrêa, Anderson Rodrigues – Plantas medicinais: do cultivo, á terapêutica, Petrópolis, RJ: editora Vozes, 1998.
Horta Escolar, Secretaria de Educação, Cultura e Esportes – Prefeitura Municipal de Jundiaí, 2003.
AUTORIA: Maria Inês S. C. Neves - agosto de 2006
Retirado do grupo:http://groups.google.com/group/sugestaodeatividadeescolar
PROJETO HORTA
PROJETO HORTA
Público Alvo – Destinado a alunos de Educação Infantil ao 1o Ciclo do Ensino
Fundamental.
Duração: O projeto se caracteriza por ser uma atividade continuada, portanto, não tem hora ou tempo de duração que possa ser pré-estabelecido. Afinal, uma vez montada a horta é possível imaginar, que a cada ano, novas turmas darão continuidade ao projeto.
Objetivo Geral: Sensibilizar e conscientizar as crianças de que a vida depende do ambiente e o ambiente depende de cada cidadão deste planeta.
Objetivos Específicos:
Ø Despertar o interesse das crianças para o cultivo de horta e conhecimento do processo de germinação;
Ø Dar oportunidade aos alunos de aprender a cultivar plantas utilizadas como alimentos;
Ø Conscientizar da importância de estar saboreando um alimento saudável e nutritivo;
Ø Degustação do alimento semeado, cultivado e colhido;
Ø Criar, na escola, uma área verde produtiva pela qual, todos se sintam responsáveis;
Ø Estimular os alunos a construírem seu próprio conhecimento no contexto interdisciplinar;
Ø Contextualizar os conteúdos aos problemas da vida urbana;
Ø Construir a noção de que o equilíbrio do ambiente é fundamental para a sustentação da vida em nosso planeta.
Avaliação: Observação periódica do interesse das crianças.
Justificativa:
Um número crescente de educadores tem refletido e muitas vezes buscado cumprir o importante papel de desenvolver o comprometimento das crianças com o cuidado do ambiente escolar: cuidado do espaço externo e interno da sala ou da escola, cuidado das relações humanas que traduzem respeito e carinho consigo mesmo, com o outro e com o mundo. A reflexão sobre o ambiente que nos cerca e o repensar de responsabilidades e atitudes de cada um de nós, gera processos educativos ricos, contextualizados, significativos para cada um dos grupos envolvidos. Neste contexto, o cultivo de hortas escolares pode ser um valioso instrumento educativo.
O contato com a terra no preparo dos canteiros e a descoberta de inúmeras formas de vida que ali existem e convivem, o encanto com as sementes que brotam como mágica, a prática diária do cuidado – regar, transplantar, tirar matinhos, espantar formigas com o uso da borra de café ou plantio de coentro, o exercício da paciência e perseverança até que a natureza nos brinde com a transformação de pequenas sementes em verduras e legumes viçosos e coloridos. Estas vivências podem transformar pequenos espaços da escola em cantos de muito encanto e aprendizado para todas as idades.
Hortas escolares são instrumentos que, dependendo do encaminhamento dado pelo educador, podem abordar diferentes conteúdos curriculares de forma significativa e contextualizada e promover vivências que resgatam valores. Valores tão bem traduzidos no livro Boniteza de um Sonho, do professor Moacir Gadotti : “Um pequeno jardim, uma horta, um pedaço de terra, é um microcosmos de todo o mundo natural. Nele encontramos formas de vida, recursos de vida, processos de vida. A partir dele podemos reconceitualizar nosso currículo escolar. Ao construí-lo e cultivá-lo podemos aprender muitas coisas. As crianças o encaram como fonte de tantos mistérios! Ele nos ensina os valores da emocionalidade com a Terra: a vida, a morte, a sobrevivência, os valores da paciência, da perseverança, da criatividade, da adaptação, da transformação, da renovação”.
Introdução:
As atividades ligadas ao uso do solo tais como revolver a terra, plantar, arrancar mato, podar, regar não só constituem ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo, tal qual o contato com as coisas da natureza. Este projeto procura apresentar atividades que despertem o interesse do aluno no cuidado com o ambiente.
Além de complementar a merenda escolar e a alimentação de algumas famílias, o Projeto Horta pode ser um verdadeiro laboratório ao ar livre para as aulas de Química, Física, Biologia e Matemática. Os alunos aprendem, na prática, temas como nutrientes do solo, luminosidade, temperatura, fotossíntese, desenvolvimento de plantas, a vida dos insetos e medidas de áreas. Essas experiências ao vivo despertam o interesse pelas aulas. Os estudantes pesquisam e debatem mais os assuntos melhorando assim o aprendizado.
Neste projeto, as pessoas devem atuar sempre com muita responsabilidade e compromisso. Os alunos devem estar presentes na maioria das etapas e atividades desenvolvidas na horta, tais como: seleção das espécies a serem cultivadas, plantio, cuidados com a horta e colheita. Os professores devem auxiliar os alunos no desenvolvimento e manutenção da horta e na supervisão dos trabalhos. Podem também elaborar estratégias que permitam trabalhar os conteúdos numa visão interdisciplinar.
Resultados previstos:
Ø Maior integração do corpo docente;
Ø Melhora no nível de socialização do aluno;
Ø Desenvolvimento das habilidades específicas do aluno;
Ø Melhora do nível de higiene do ambiente escolar;
Ø Conscientização da necessidade de conservação dos recursos naturais.
As turmas envolvidas no projeto poderão realizar pesquisas sobre:
Ø O solo, o clima e os alimentos;
Ø Os alimentos e o seu valor nutricional;
Ø A importância do solo na reprodução de alimentos;
Ø Os cuidados com a preparação do solo;
Ø Alimentos e seu valor nutricional;
Ø Receitas pesquisadas junto a familiares e outras pessoas da comunidade que contenham os alimentos cultivados na horta;
Ø Atividades relacionadas ao conteúdo programático de cada série.
Para implantar o projeto na sua escola, você vai precisar de:
Ø Um terreno para desenvolver a horta.
Ø Apoio dos alunos, dos outros professores e da comunidade.
Ø Recursos como palanques, arames, adubos, sementes e ferramentas necessárias ao cultivo de hortaliças.
Ø Parcerias com os comerciantes locais.
Ø Ajuda de instituições que tenham cursos de Agronomia ou Técnicas Agrícolas. Talvez eles tenham alunos interessados em auxiliar sua escola na organização da horta.
Dicas para organizar uma horta:
Ø O tamanho da horta deve ser calculado para produzir hortaliças suficientes para o consumo de toda a escola. Calcule sempre 10 m² por pessoa.
Ø Escolha o melhor local observando se o terreno é plano ou levemente inclinado, livre de ventos fortes e frios, um local que receba luz do sol a maior parte do dia, perto de poço ou fonte e livre de inundações.
Ø Não deixe de cercar o espaço da hora, isso evita estragos de animais domésticos.
Ø Consiga boas ferramentas e comece o plantio.
As vantagens de ter uma horta em sua escola:
Ø Fornece vitaminas e minerais importantes à saúde dos alunos.
Ø Diminui os gastos com alimentação na escola.
Ø Permite a colaboração dos estudantes, enriquecendo o conhecimento deles.
Ø Estimula o interesse das crianças pelos temas desenvolvidos com a horta.
Procedimentos:
O planejamento do projeto deve ser feito de modo que os alunos acompanhem todas as etapas do cultivo, participando diretamente de cada uma delas. A cada semestre, pode ser escolhida uma verdura para ser cultivada. Mas, antes que os alunos comecem a ter contato com a terra e as sementes, é importante que o professor procure envolvê-los em uma atividade lúdica que desencadeie a questão do cultivo.
Sugestão de Atividade:
Como parte do trabalho de cultivo de espinafre, por exemplo, os alunos podem ouvir uma historinha do Popeye, em que o personagem reclama da qualidade do espinafre enlatado e resolve cultivar sua própria plantação.
Exemplo:
__ Os enlatados de espinafre estão ficando muito caros e, quando eu os como, quase não sinto mais aquele gostinho maravilhoso que tem o espinafre. Diz Popeye.
__ Eu tive uma idéia, Popeye! Vamos plantar espinafre! Vamos até a loja de produtos naturais comprar sementes e, então, podemos montar uma horta verdinha de espinafre! Olívia Palito responde alegre.
__ Seu vendedor, eu e a Olívia vamos começar uma horta e a primeira coisa que queremos plantar é espinafre. O senhor sabe que eu não vivo sem espinafre. Só assim eu fico forte e com uma saúde de ferro. Popeye anima-se.
Ao chegar em casa, Olívia e Popeye foram logo para o quintal e começaram a preparar a terra: afofaram, regaram e depois plantaram as sementes.
__ Dá para acreditar? Nasceu espinafre por todo o canto! Olívia Palito e Popeye ficam satisfeitos.
Ø O incentivo de maneira lúdica é fundamental principalmente nas turmas de Educação Infantil.
A partir da história do Popeye começam as atividades de preparação para a semeadura e os alunos podem conhecer suas características. Eis uma sugestão de programação:
1ª etapa:
Ø Visitação à horta: reconhecimento do espaço em que será feito o plantio. Nesta etapa, os professores devem aproveitar para conversar com os alunos, abordando questões como o que é uma horta, para que serve e o que podemos plantar nela.
Ø Exploração do espaço da horta, mostrando suas partes e os instrumentos que serão utilizados para a semeadura. Cada turma conhece seu espaço no canteiro e aprende como manusear, com segurança, o ancinho, a pá, o regador e a sementeira.
Ø Um quadro informativo, fixado na horta, sempre trazendo novidades sobre Ecologia, plantio ou outro assunto que seja referente ao trabalho é interessante.
Preparação da terra:
Ø Depois de uma aula sobre plantio, os alunos começam a preparar a terra afofando-a, desmanchando os torrões que se formam e molhando-a.
2ª etapa:
Ø Apresentação do espinafre aos alunos.
Ø Aula instrutiva em que os professores explicam às crianças as características e o valor nutricional do espinafre e para que servem as vitaminas que estão contidas nele.
Ø Experimentação da verdura Hora de conhecer o gosto do espinafre. Para tanto, deve ser preparado um creme de espinafre para degustação.
3ª etapa:
Ø Plantio do espinafre.
Ø Os alunos deverão ser "apresentados" à semente que será plantada. Em seguida, fazem as covas para colocação da semente. Depois da plantação, os professores devem combinar com a turma o espaço de tempo em que será feita a rega e a limpeza dos canteiros.
4ª etapa:
Ø Acompanhamento da plantação.
Ø Durante a época de crescimento da plantação, podem ser criadas atividades relacionadas à horta, como, por exemplo, visita ao minhocário, observação do crescimento da semente, limpeza e rega dos canteiros. Também podem ser desenvolvidos trabalhos ligados ao tema "natureza".
5ª etapa:
Ø Colheita: No final do semestre, os alunos fazem a colheita do que foi plantado.
Ø Experimentação:
Ø A fase final do projeto deve ser encarada como uma festa onde todas as turmas se reúnem para comer o espinafre que plantaram.
Podem ser cultivados alface, tomate e couve seguindo sempre a mesma linha de atividades. Trabalhando com tomates, por exemplo, pode-se preparar o “Festival do Tomate”, onde os alunos, depois da colheita, pesquisam com seus responsáveis várias receitas em que o tomate é o ingrediente principal e em um segundo momento sejam preparados os pratos na escola chamando os responsáveis para um grande almoço.
Ø Graças ao Projeto Horta, as crianças estudam as Ciências na prática. A vivência deste projeto é uma experiência muito rica para os alunos, instiga a curiosidade deles e introduz noções de Ciências Naturais desde a Educação Infantil.
Ø Caso não exista uma área disponível para montar a horta, plante as mudas de hortaliças em vasos. Ver o tomate crescer e depois comê-lo dá às crianças uma noção da produção bem diferente daquela que elas aprendem ao acompanhar a mãe ao armazém ou ao supermercado.
COMO MONTAR UMA HORTA NA ESCOLA
Escolha do local
Sol e água são prioridades na vida das plantas e, por isso, o lugar onde serão montados os canteiros tem de receber, no mínimo, cinco horas diárias de luz solar e ter por perto uma fonte de água limpa.
Solo
O melhor tipo de solo para a agricultura é o areno-argiloso. Ele apresenta todas as propriedades necessárias para o desenvolvimento das plantas. É possível descobrir o tipo de solo por meio de experiências simples. Veja a seguir duas opções:
1ª experiência:
Cave um buraco de 15 a 20 centímetros de profundidade e coloque a terra retirada em um recipiente de vidro liso e transparente. Complete com água e agite bem. Deixe a mistura descansar até que a terra assente. A camada escura que se forma na superfície é composta de húmus. Logo abaixo, forma-se uma camada constituída de partículas finas, indicando a presença da argila. No fundo, depositam-se grãos mais grossos, de areia. Se dentro do vidro houver menos de 15 % de argila, o solo é considerado arenoso. De 20 a 40 % de argila, é areno-argiloso. E acima de 40 % de argila, o solo é argiloso. Se houver menos de 5 % de argila, conclui-se que naquela parte do solo existe apenas matéria orgânica.
2ª experiência:
Amasse um punhado de terra úmida com as mãos. Em seguida bata com força uma palma na outra. Se as mãos ficarem sujas, tingidas, cheias de terra nas linhas e nas marcas digitais, o solo pode ser considerado argiloso. Caso as mãos fiquem limpas e grãos de areia raspem as palmas, o solo é arenoso. Conforme o caso, incorpore terra argilosa, areia e esterco ao solo, até chegar à proporção de três medidas de terra argilosa, duas de esterco (de preferência, de gado e bem curtido) e uma de areia.
Montagem dos canteiros:
Para trabalhar com crianças e adolescentes, o ideal é que os canteiros tenham 2 metros de comprimento por 1 de largura e, no mínimo, 50 centímetros entre um canteiro e outro. A profundidade deve ser de 30 a 40 centímetros. Para segurar a terra nas laterais da horta, pode-se utilizar tijolos ou bambu.
Semeadura:
Existem duas formas de semeadura, a direta e a feita em sementeira. Na direta, as hortaliças são semeadas nos canteiros e ficam ali até a época da colheita, como beterraba, cenoura, espinafre, rúcula, almeirão, salsa e coentro. A profundidade da linha de semeadura deve ser de dois centímetros para as sementes menores e de dois e meio para as maiores, como a beterraba e o espinafre. A precisão na semeadura é muito importante, pois se as sementes ficarem muito fundas, não germinam e se ficarem no raso, podem ser levadas pela água.
No caso das sementeiras, as hortaliças são semeadas primeiramente numa caixa e depois transplantadas para o canteiro. Isso é feito para que as mudas se desenvolvam com mais força. O procedimento é indicado para o plantio de alface, chicória, mostarda, couve, repolho e cebolinha. Para a alface, chicória e mostarda, o espaço entre as mudas deve ser de 1 palmo. Já a couve e o repolho precisam de 3 palmos. No transplante, tome cuidado para não danificar a raiz. Faça-o sempre no final do dia, seguido de rega do canteiro.
Tempo para transplante:
· Alface e chicória: assim que apresentar de quatro a seis folhas;
· Couve, repolho e cebolinha: 30 dias
Época de colheita:
· Rabanete: 35 dias;
· Alface, chicória, almeirão e rúcula: 40 dias;
· Espinafre: 60 dias;
· Salsa: 70 dias;
· Beterraba e cenoura: 90 dias.
Rega:
É um dos principais momentos do cultivo de uma horta. Sem a rega, é impossível o bom desenvolvimento de qualquer planta. Ela deve ser feita de manhã bem cedo. No caso de dias muito quentes, regue também no final da tarde. Em regiões de clima mais ameno, uma rega ao dia é suficiente. O solo do canteiro ou a terra da sementeira deve receber água de maneira uniforme, até que infiltre abaixo das sementes ou raízes, sempre tomando cuidado para não encharcar a terra.
Colheita:
É feita de duas maneiras: arranco e corte. Para alface, chicória, mostarda, beterraba, cenoura e rabanete, basta arrancar. Salsa, cebolinha e rúcula devem ser cortadas três dedos acima do solo Se a salsa e a cebolinha forem cortadas corretamente, poderão ser colhidas muitas vezes. Rúcula e almeirão, no entanto, podem ser colhidos, no máximo, sete vezes.
O almeirão deve ser cortado rente ao solo. No caso do espinafre, deve-se cortar apenas os ramos maiores. Para a couve, retire as folhas maiores com cuidado para não danificar os brotos centrais. Tanto o espinafre quanto a couve podem ser colhidos diversas vezes.
Controle de pragas e doenças:
Para evitar o aparecimento de pragas e doenças, alguns cuidados devem ser tomados. O ideal é não cultivar uma única hortaliça no canteiro, pois cada planta retira um tipo de nutriente do solo e atrai um diferente tipo de praga.
Nas bordas dos canteiros, cultive salsa, cebolinha e coentro. Eles funcionam como repelentes para alguns bichinhos acostumados a atacar as hortaliças. Numa metade, cultive alface. Na outra, beterraba. Esse procedimento ajuda a equilibrar a retirada das vitaminas do solo e confunde os bichinhos que atacam as plantas pelo cheiro, cor e forma das folhas.
O cultivo de ervas medicinais, como melissa, capim-cidreira, poejo, hortelã, menta e boldo ao redor da horta, também é muito eficaz para espantar algumas pragas. A erva-doce atrai para si o pulgão que costuma atacar a couve. Se houver poucas plantas de couve na horta, pode-se fazer a lavagem das folhas retirando todos os pulgões. Se não resolver, o ideal é aplicar a calda de fumo.
Receita da calda de fumo:
Ingredientes:
· 50 gramas de fumo de corda picado
· 1 litro de água
· 1 colher de café de pimenta-do-reino
Preparo:
Ferva a água com o fumo picado até a mistura ficar bem escura. Deixe esfriar, coe e acrescente a pimenta. No caldo, acrescente mais cinco litros de água e pulverize as folhas no final da tarde.
Não molhe as folhas após a aplicação. Repita a operação até que os pulgões desapareçam. Consuma as folhas apenas dez dias após a última aplicação.
Ø Quando o trabalho é desenvolvido com crianças, prefira as sementes às mudas. Assim elas podem acompanhar todo o processo de germinação. Ensine a turma que para as plantas crescerem viçosas é necessário que tomem cinco horas de sol por dia. Por isso, devem ficar fora da sala de aula. Também precisam de água diariamente. No período de calor, são duas regas, uma de manhã bem cedo e outra no final da tarde. Na hora da colheita, um cuidado é essencial para evitar que as raízes da salsinha e da cebolinha morram: cortar as ervas três dedos acima da terra.
Desenvolvendo os conteúdos
( Cabe ao professor adaptar ao nível de sua turma )
O professor deve designar tarefas para as crianças durante o trabalho na horta, criando estratégias de ensino para as disciplinas curriculares, como exemplificamos a seguir:
História / Geografia:
Ø Pesquisar, pela região, quais os tipos de plantações são cultivadas; para que fim são destinadas ( subsistência e/ou comercialização ); se são rentáveis; por que não mudar; por que mante-las etc.
Ø Montar um mural, com recorte e colagem de gravuras de jornais e revistas, sobre alimentos vegetais, minerais e animais de comunidades diferentes.
Ø Pesquisar na comunidade a existência de pessoas que saibam algumas receitas de pratos típicos com hortaliças para serem ensinadas na escola e aproveitadas pelas crianças (inclusive cascas e sementes).
Ø Fazer a planta do local onde mora para a observação e sugestões de locais mais apropriados para os canteiros.
Matemática:
Ø Comparar as dimensões dos canteiros (maior/menor, mais alto/mais baixo), suas dimensões lineares, figuras geométricas etc.
Ø Observar a profundidade e a distância entre as covas, comparar quantidade, números pares e ímpares na colocação das sementes etc.
Ø Observar e estudar, durante a colheita, tamanho, forma, quantidade e tipos de folhas, talos e raízes etc.
Ø Diferenciar nas receitas os diferentes tipos de unidades dos ingredientes, pesos, medidas etc.
Ø Trabalhar conceitos matemáticos relacionados ao espaço da horta como área e perímetro. Na semeadura contagem de sementes e medida dos sulcos ou covas. Explore o reconhecimento de formas geométricas e o uso dos sistemas de medida.
Ciências:
Ø Situar o desenvolvimentos da planta no tempo, desde sua germinação até a colheita.
Ø Observar a incidência (posição) do Sol sobre a horta, durante os períodos da manhã e da tarde, para posterior comparação com outros meses do ano.
Ø Contrastar o clima durante as estações do ano.
Ø Diferenciar os diversos tipos de solo e suas matérias orgânicas;
Ø Exposição de trabalhos sobre a semente, o desenvolvimento das plantas, os animais da horta.
Ø Trabalhos sobre a produção de transgênicos e orgânicos no município e no estado.
Ø Palestras, vídeos sobre alimentação saudável.
Ø A importância dos alimentos; tempo de germinação das plantas; técnicas de plantio e preparação do solo.
Ø Reconhecer a importância da cadeia ecológica etc.
Português:
Ø Escrever frases sobre a importância das hortaliças, sua utilidade, suas propriedades etc.
Ø Escolher aquelas que mais lhe agradam ao paladar e narrar de que maneira mais gostam de comê-las.
Ø Trazer de casa diversas receitas com hortaliças (pesquisa).
Ø Criar histórias e personagens com as hortaliças.
Ø Construir um final para a história iniciada pela professora, usando a horta, hortaliças, vitaminas, sais minerais e concluir com um título etc.
Ø Semanalmente as crianças podem fazer individualmente o registro pôr meio de desenho ou escrita do estágio do desenvolvimento que a planta se encontra. O montante de registro de cada criança comporá uma seqüência com todo o processo de desenvolvimento do trabalho que culminará com a colheita e preparo do alimento para que todos comam.
Ø Produções textuais, histórias em quadrinho, poesias e músicas sobre as minhocas.
Ø Produção de livros com as receitas que foram degustadas no desenvolver do projeto.
E ainda...
Ø Se o cultivo da horta for feito com as mãos, estimulará a capacidade motora dos alunos.
Ø Explore também a percepção da textura do solo, cheiro e umidade.
Ø Elaboração de cartaz com todo processo em andamento.
Observando e usando a horta escolar na aplicação dos conteúdos programáticos, o aluno de zona rural poderá, com certeza, construir em sua casa, com seus pais e irmãos, uma horta cuja finalidade será a de ter lucros em seu próprio benefício.
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BIBLIOGRAFIA:
Ø ACHARAM, Y.M. - As Plantas que Curam. Vol. I - 1ª edição - Ed. Li Bra. - São Paulo.
Ø COSTA, R. - Notas de Fitoterapia. - 2ª edição - Rio de Janeiro, 1958. Guia Rural - Ervas e Temperos. Ed. Abril - São Paulo, 1991.
Ø PRIMAVESI, A. - Manejo integrado de pragas e doenças. Ed. Nobel - São Paulo, 1988.
Ø TEIXEIRA, A.S. - Dicas de Alimentos e Plantas para a Saúde. Ed. Tecnoprint S.A. - Rio de Janeiro, 1983.
"Horta como o lugar onde crescem as coisas que, no momento próprio, viram saladas, refogados, sopas e suflês. Também isso. Mas não só. Gosto dela, mesmo que não tenha nada para colher. Ou melhor: há sempre o que colher, só que não para comer.""Pois é, horta é algo mágico, erótico, onde a vida cresce e também nós, no que plantamos. Daí a alegria. E isso é saúde, porque dá vontadede viver. Saúde não mora no corpo, mas existe entre o corpo e o mundo - é o desejo, o apetite, a nostalgia, o sentimento de uma fome imensa que nos leva a desejar o mundointeiro." (A HORTA - Rubem Alves, em "O Quarto do Mistério" )
IMPORTANTE:
Lembramos que o presente material não foi elaborado com intuito de fazer chegar às mãos dos professores “receitas mágicas” mas sim exemplos, modelos, dicas, idéias para que o professor refletindo sobre sua prática diária possa desenvolver seu trabalho de forma que este seja prazeroso e significativo para os alunos.
Autoria do Projeto: Paty Fonte* projetosdinamicos@superig.com.br
Projeto recebido através do grupo: http://groups.google.com/group/sugestaodeatividadeescolar/
Público Alvo – Destinado a alunos de Educação Infantil ao 1o Ciclo do Ensino
Fundamental.
Duração: O projeto se caracteriza por ser uma atividade continuada, portanto, não tem hora ou tempo de duração que possa ser pré-estabelecido. Afinal, uma vez montada a horta é possível imaginar, que a cada ano, novas turmas darão continuidade ao projeto.
Objetivo Geral: Sensibilizar e conscientizar as crianças de que a vida depende do ambiente e o ambiente depende de cada cidadão deste planeta.
Objetivos Específicos:
Ø Despertar o interesse das crianças para o cultivo de horta e conhecimento do processo de germinação;
Ø Dar oportunidade aos alunos de aprender a cultivar plantas utilizadas como alimentos;
Ø Conscientizar da importância de estar saboreando um alimento saudável e nutritivo;
Ø Degustação do alimento semeado, cultivado e colhido;
Ø Criar, na escola, uma área verde produtiva pela qual, todos se sintam responsáveis;
Ø Estimular os alunos a construírem seu próprio conhecimento no contexto interdisciplinar;
Ø Contextualizar os conteúdos aos problemas da vida urbana;
Ø Construir a noção de que o equilíbrio do ambiente é fundamental para a sustentação da vida em nosso planeta.
Avaliação: Observação periódica do interesse das crianças.
Justificativa:
Um número crescente de educadores tem refletido e muitas vezes buscado cumprir o importante papel de desenvolver o comprometimento das crianças com o cuidado do ambiente escolar: cuidado do espaço externo e interno da sala ou da escola, cuidado das relações humanas que traduzem respeito e carinho consigo mesmo, com o outro e com o mundo. A reflexão sobre o ambiente que nos cerca e o repensar de responsabilidades e atitudes de cada um de nós, gera processos educativos ricos, contextualizados, significativos para cada um dos grupos envolvidos. Neste contexto, o cultivo de hortas escolares pode ser um valioso instrumento educativo.
O contato com a terra no preparo dos canteiros e a descoberta de inúmeras formas de vida que ali existem e convivem, o encanto com as sementes que brotam como mágica, a prática diária do cuidado – regar, transplantar, tirar matinhos, espantar formigas com o uso da borra de café ou plantio de coentro, o exercício da paciência e perseverança até que a natureza nos brinde com a transformação de pequenas sementes em verduras e legumes viçosos e coloridos. Estas vivências podem transformar pequenos espaços da escola em cantos de muito encanto e aprendizado para todas as idades.
Hortas escolares são instrumentos que, dependendo do encaminhamento dado pelo educador, podem abordar diferentes conteúdos curriculares de forma significativa e contextualizada e promover vivências que resgatam valores. Valores tão bem traduzidos no livro Boniteza de um Sonho, do professor Moacir Gadotti : “Um pequeno jardim, uma horta, um pedaço de terra, é um microcosmos de todo o mundo natural. Nele encontramos formas de vida, recursos de vida, processos de vida. A partir dele podemos reconceitualizar nosso currículo escolar. Ao construí-lo e cultivá-lo podemos aprender muitas coisas. As crianças o encaram como fonte de tantos mistérios! Ele nos ensina os valores da emocionalidade com a Terra: a vida, a morte, a sobrevivência, os valores da paciência, da perseverança, da criatividade, da adaptação, da transformação, da renovação”.
Introdução:
As atividades ligadas ao uso do solo tais como revolver a terra, plantar, arrancar mato, podar, regar não só constituem ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo, tal qual o contato com as coisas da natureza. Este projeto procura apresentar atividades que despertem o interesse do aluno no cuidado com o ambiente.
Além de complementar a merenda escolar e a alimentação de algumas famílias, o Projeto Horta pode ser um verdadeiro laboratório ao ar livre para as aulas de Química, Física, Biologia e Matemática. Os alunos aprendem, na prática, temas como nutrientes do solo, luminosidade, temperatura, fotossíntese, desenvolvimento de plantas, a vida dos insetos e medidas de áreas. Essas experiências ao vivo despertam o interesse pelas aulas. Os estudantes pesquisam e debatem mais os assuntos melhorando assim o aprendizado.
Neste projeto, as pessoas devem atuar sempre com muita responsabilidade e compromisso. Os alunos devem estar presentes na maioria das etapas e atividades desenvolvidas na horta, tais como: seleção das espécies a serem cultivadas, plantio, cuidados com a horta e colheita. Os professores devem auxiliar os alunos no desenvolvimento e manutenção da horta e na supervisão dos trabalhos. Podem também elaborar estratégias que permitam trabalhar os conteúdos numa visão interdisciplinar.
Resultados previstos:
Ø Maior integração do corpo docente;
Ø Melhora no nível de socialização do aluno;
Ø Desenvolvimento das habilidades específicas do aluno;
Ø Melhora do nível de higiene do ambiente escolar;
Ø Conscientização da necessidade de conservação dos recursos naturais.
As turmas envolvidas no projeto poderão realizar pesquisas sobre:
Ø O solo, o clima e os alimentos;
Ø Os alimentos e o seu valor nutricional;
Ø A importância do solo na reprodução de alimentos;
Ø Os cuidados com a preparação do solo;
Ø Alimentos e seu valor nutricional;
Ø Receitas pesquisadas junto a familiares e outras pessoas da comunidade que contenham os alimentos cultivados na horta;
Ø Atividades relacionadas ao conteúdo programático de cada série.
Para implantar o projeto na sua escola, você vai precisar de:
Ø Um terreno para desenvolver a horta.
Ø Apoio dos alunos, dos outros professores e da comunidade.
Ø Recursos como palanques, arames, adubos, sementes e ferramentas necessárias ao cultivo de hortaliças.
Ø Parcerias com os comerciantes locais.
Ø Ajuda de instituições que tenham cursos de Agronomia ou Técnicas Agrícolas. Talvez eles tenham alunos interessados em auxiliar sua escola na organização da horta.
Dicas para organizar uma horta:
Ø O tamanho da horta deve ser calculado para produzir hortaliças suficientes para o consumo de toda a escola. Calcule sempre 10 m² por pessoa.
Ø Escolha o melhor local observando se o terreno é plano ou levemente inclinado, livre de ventos fortes e frios, um local que receba luz do sol a maior parte do dia, perto de poço ou fonte e livre de inundações.
Ø Não deixe de cercar o espaço da hora, isso evita estragos de animais domésticos.
Ø Consiga boas ferramentas e comece o plantio.
As vantagens de ter uma horta em sua escola:
Ø Fornece vitaminas e minerais importantes à saúde dos alunos.
Ø Diminui os gastos com alimentação na escola.
Ø Permite a colaboração dos estudantes, enriquecendo o conhecimento deles.
Ø Estimula o interesse das crianças pelos temas desenvolvidos com a horta.
Procedimentos:
O planejamento do projeto deve ser feito de modo que os alunos acompanhem todas as etapas do cultivo, participando diretamente de cada uma delas. A cada semestre, pode ser escolhida uma verdura para ser cultivada. Mas, antes que os alunos comecem a ter contato com a terra e as sementes, é importante que o professor procure envolvê-los em uma atividade lúdica que desencadeie a questão do cultivo.
Sugestão de Atividade:
Como parte do trabalho de cultivo de espinafre, por exemplo, os alunos podem ouvir uma historinha do Popeye, em que o personagem reclama da qualidade do espinafre enlatado e resolve cultivar sua própria plantação.
Exemplo:
__ Os enlatados de espinafre estão ficando muito caros e, quando eu os como, quase não sinto mais aquele gostinho maravilhoso que tem o espinafre. Diz Popeye.
__ Eu tive uma idéia, Popeye! Vamos plantar espinafre! Vamos até a loja de produtos naturais comprar sementes e, então, podemos montar uma horta verdinha de espinafre! Olívia Palito responde alegre.
__ Seu vendedor, eu e a Olívia vamos começar uma horta e a primeira coisa que queremos plantar é espinafre. O senhor sabe que eu não vivo sem espinafre. Só assim eu fico forte e com uma saúde de ferro. Popeye anima-se.
Ao chegar em casa, Olívia e Popeye foram logo para o quintal e começaram a preparar a terra: afofaram, regaram e depois plantaram as sementes.
__ Dá para acreditar? Nasceu espinafre por todo o canto! Olívia Palito e Popeye ficam satisfeitos.
Ø O incentivo de maneira lúdica é fundamental principalmente nas turmas de Educação Infantil.
A partir da história do Popeye começam as atividades de preparação para a semeadura e os alunos podem conhecer suas características. Eis uma sugestão de programação:
1ª etapa:
Ø Visitação à horta: reconhecimento do espaço em que será feito o plantio. Nesta etapa, os professores devem aproveitar para conversar com os alunos, abordando questões como o que é uma horta, para que serve e o que podemos plantar nela.
Ø Exploração do espaço da horta, mostrando suas partes e os instrumentos que serão utilizados para a semeadura. Cada turma conhece seu espaço no canteiro e aprende como manusear, com segurança, o ancinho, a pá, o regador e a sementeira.
Ø Um quadro informativo, fixado na horta, sempre trazendo novidades sobre Ecologia, plantio ou outro assunto que seja referente ao trabalho é interessante.
Preparação da terra:
Ø Depois de uma aula sobre plantio, os alunos começam a preparar a terra afofando-a, desmanchando os torrões que se formam e molhando-a.
2ª etapa:
Ø Apresentação do espinafre aos alunos.
Ø Aula instrutiva em que os professores explicam às crianças as características e o valor nutricional do espinafre e para que servem as vitaminas que estão contidas nele.
Ø Experimentação da verdura Hora de conhecer o gosto do espinafre. Para tanto, deve ser preparado um creme de espinafre para degustação.
3ª etapa:
Ø Plantio do espinafre.
Ø Os alunos deverão ser "apresentados" à semente que será plantada. Em seguida, fazem as covas para colocação da semente. Depois da plantação, os professores devem combinar com a turma o espaço de tempo em que será feita a rega e a limpeza dos canteiros.
4ª etapa:
Ø Acompanhamento da plantação.
Ø Durante a época de crescimento da plantação, podem ser criadas atividades relacionadas à horta, como, por exemplo, visita ao minhocário, observação do crescimento da semente, limpeza e rega dos canteiros. Também podem ser desenvolvidos trabalhos ligados ao tema "natureza".
5ª etapa:
Ø Colheita: No final do semestre, os alunos fazem a colheita do que foi plantado.
Ø Experimentação:
Ø A fase final do projeto deve ser encarada como uma festa onde todas as turmas se reúnem para comer o espinafre que plantaram.
Podem ser cultivados alface, tomate e couve seguindo sempre a mesma linha de atividades. Trabalhando com tomates, por exemplo, pode-se preparar o “Festival do Tomate”, onde os alunos, depois da colheita, pesquisam com seus responsáveis várias receitas em que o tomate é o ingrediente principal e em um segundo momento sejam preparados os pratos na escola chamando os responsáveis para um grande almoço.
Ø Graças ao Projeto Horta, as crianças estudam as Ciências na prática. A vivência deste projeto é uma experiência muito rica para os alunos, instiga a curiosidade deles e introduz noções de Ciências Naturais desde a Educação Infantil.
Ø Caso não exista uma área disponível para montar a horta, plante as mudas de hortaliças em vasos. Ver o tomate crescer e depois comê-lo dá às crianças uma noção da produção bem diferente daquela que elas aprendem ao acompanhar a mãe ao armazém ou ao supermercado.
COMO MONTAR UMA HORTA NA ESCOLA
Escolha do local
Sol e água são prioridades na vida das plantas e, por isso, o lugar onde serão montados os canteiros tem de receber, no mínimo, cinco horas diárias de luz solar e ter por perto uma fonte de água limpa.
Solo
O melhor tipo de solo para a agricultura é o areno-argiloso. Ele apresenta todas as propriedades necessárias para o desenvolvimento das plantas. É possível descobrir o tipo de solo por meio de experiências simples. Veja a seguir duas opções:
1ª experiência:
Cave um buraco de 15 a 20 centímetros de profundidade e coloque a terra retirada em um recipiente de vidro liso e transparente. Complete com água e agite bem. Deixe a mistura descansar até que a terra assente. A camada escura que se forma na superfície é composta de húmus. Logo abaixo, forma-se uma camada constituída de partículas finas, indicando a presença da argila. No fundo, depositam-se grãos mais grossos, de areia. Se dentro do vidro houver menos de 15 % de argila, o solo é considerado arenoso. De 20 a 40 % de argila, é areno-argiloso. E acima de 40 % de argila, o solo é argiloso. Se houver menos de 5 % de argila, conclui-se que naquela parte do solo existe apenas matéria orgânica.
2ª experiência:
Amasse um punhado de terra úmida com as mãos. Em seguida bata com força uma palma na outra. Se as mãos ficarem sujas, tingidas, cheias de terra nas linhas e nas marcas digitais, o solo pode ser considerado argiloso. Caso as mãos fiquem limpas e grãos de areia raspem as palmas, o solo é arenoso. Conforme o caso, incorpore terra argilosa, areia e esterco ao solo, até chegar à proporção de três medidas de terra argilosa, duas de esterco (de preferência, de gado e bem curtido) e uma de areia.
Montagem dos canteiros:
Para trabalhar com crianças e adolescentes, o ideal é que os canteiros tenham 2 metros de comprimento por 1 de largura e, no mínimo, 50 centímetros entre um canteiro e outro. A profundidade deve ser de 30 a 40 centímetros. Para segurar a terra nas laterais da horta, pode-se utilizar tijolos ou bambu.
Semeadura:
Existem duas formas de semeadura, a direta e a feita em sementeira. Na direta, as hortaliças são semeadas nos canteiros e ficam ali até a época da colheita, como beterraba, cenoura, espinafre, rúcula, almeirão, salsa e coentro. A profundidade da linha de semeadura deve ser de dois centímetros para as sementes menores e de dois e meio para as maiores, como a beterraba e o espinafre. A precisão na semeadura é muito importante, pois se as sementes ficarem muito fundas, não germinam e se ficarem no raso, podem ser levadas pela água.
No caso das sementeiras, as hortaliças são semeadas primeiramente numa caixa e depois transplantadas para o canteiro. Isso é feito para que as mudas se desenvolvam com mais força. O procedimento é indicado para o plantio de alface, chicória, mostarda, couve, repolho e cebolinha. Para a alface, chicória e mostarda, o espaço entre as mudas deve ser de 1 palmo. Já a couve e o repolho precisam de 3 palmos. No transplante, tome cuidado para não danificar a raiz. Faça-o sempre no final do dia, seguido de rega do canteiro.
Tempo para transplante:
· Alface e chicória: assim que apresentar de quatro a seis folhas;
· Couve, repolho e cebolinha: 30 dias
Época de colheita:
· Rabanete: 35 dias;
· Alface, chicória, almeirão e rúcula: 40 dias;
· Espinafre: 60 dias;
· Salsa: 70 dias;
· Beterraba e cenoura: 90 dias.
Rega:
É um dos principais momentos do cultivo de uma horta. Sem a rega, é impossível o bom desenvolvimento de qualquer planta. Ela deve ser feita de manhã bem cedo. No caso de dias muito quentes, regue também no final da tarde. Em regiões de clima mais ameno, uma rega ao dia é suficiente. O solo do canteiro ou a terra da sementeira deve receber água de maneira uniforme, até que infiltre abaixo das sementes ou raízes, sempre tomando cuidado para não encharcar a terra.
Colheita:
É feita de duas maneiras: arranco e corte. Para alface, chicória, mostarda, beterraba, cenoura e rabanete, basta arrancar. Salsa, cebolinha e rúcula devem ser cortadas três dedos acima do solo Se a salsa e a cebolinha forem cortadas corretamente, poderão ser colhidas muitas vezes. Rúcula e almeirão, no entanto, podem ser colhidos, no máximo, sete vezes.
O almeirão deve ser cortado rente ao solo. No caso do espinafre, deve-se cortar apenas os ramos maiores. Para a couve, retire as folhas maiores com cuidado para não danificar os brotos centrais. Tanto o espinafre quanto a couve podem ser colhidos diversas vezes.
Controle de pragas e doenças:
Para evitar o aparecimento de pragas e doenças, alguns cuidados devem ser tomados. O ideal é não cultivar uma única hortaliça no canteiro, pois cada planta retira um tipo de nutriente do solo e atrai um diferente tipo de praga.
Nas bordas dos canteiros, cultive salsa, cebolinha e coentro. Eles funcionam como repelentes para alguns bichinhos acostumados a atacar as hortaliças. Numa metade, cultive alface. Na outra, beterraba. Esse procedimento ajuda a equilibrar a retirada das vitaminas do solo e confunde os bichinhos que atacam as plantas pelo cheiro, cor e forma das folhas.
O cultivo de ervas medicinais, como melissa, capim-cidreira, poejo, hortelã, menta e boldo ao redor da horta, também é muito eficaz para espantar algumas pragas. A erva-doce atrai para si o pulgão que costuma atacar a couve. Se houver poucas plantas de couve na horta, pode-se fazer a lavagem das folhas retirando todos os pulgões. Se não resolver, o ideal é aplicar a calda de fumo.
Receita da calda de fumo:
Ingredientes:
· 50 gramas de fumo de corda picado
· 1 litro de água
· 1 colher de café de pimenta-do-reino
Preparo:
Ferva a água com o fumo picado até a mistura ficar bem escura. Deixe esfriar, coe e acrescente a pimenta. No caldo, acrescente mais cinco litros de água e pulverize as folhas no final da tarde.
Não molhe as folhas após a aplicação. Repita a operação até que os pulgões desapareçam. Consuma as folhas apenas dez dias após a última aplicação.
Ø Quando o trabalho é desenvolvido com crianças, prefira as sementes às mudas. Assim elas podem acompanhar todo o processo de germinação. Ensine a turma que para as plantas crescerem viçosas é necessário que tomem cinco horas de sol por dia. Por isso, devem ficar fora da sala de aula. Também precisam de água diariamente. No período de calor, são duas regas, uma de manhã bem cedo e outra no final da tarde. Na hora da colheita, um cuidado é essencial para evitar que as raízes da salsinha e da cebolinha morram: cortar as ervas três dedos acima da terra.
Desenvolvendo os conteúdos
( Cabe ao professor adaptar ao nível de sua turma )
O professor deve designar tarefas para as crianças durante o trabalho na horta, criando estratégias de ensino para as disciplinas curriculares, como exemplificamos a seguir:
História / Geografia:
Ø Pesquisar, pela região, quais os tipos de plantações são cultivadas; para que fim são destinadas ( subsistência e/ou comercialização ); se são rentáveis; por que não mudar; por que mante-las etc.
Ø Montar um mural, com recorte e colagem de gravuras de jornais e revistas, sobre alimentos vegetais, minerais e animais de comunidades diferentes.
Ø Pesquisar na comunidade a existência de pessoas que saibam algumas receitas de pratos típicos com hortaliças para serem ensinadas na escola e aproveitadas pelas crianças (inclusive cascas e sementes).
Ø Fazer a planta do local onde mora para a observação e sugestões de locais mais apropriados para os canteiros.
Matemática:
Ø Comparar as dimensões dos canteiros (maior/menor, mais alto/mais baixo), suas dimensões lineares, figuras geométricas etc.
Ø Observar a profundidade e a distância entre as covas, comparar quantidade, números pares e ímpares na colocação das sementes etc.
Ø Observar e estudar, durante a colheita, tamanho, forma, quantidade e tipos de folhas, talos e raízes etc.
Ø Diferenciar nas receitas os diferentes tipos de unidades dos ingredientes, pesos, medidas etc.
Ø Trabalhar conceitos matemáticos relacionados ao espaço da horta como área e perímetro. Na semeadura contagem de sementes e medida dos sulcos ou covas. Explore o reconhecimento de formas geométricas e o uso dos sistemas de medida.
Ciências:
Ø Situar o desenvolvimentos da planta no tempo, desde sua germinação até a colheita.
Ø Observar a incidência (posição) do Sol sobre a horta, durante os períodos da manhã e da tarde, para posterior comparação com outros meses do ano.
Ø Contrastar o clima durante as estações do ano.
Ø Diferenciar os diversos tipos de solo e suas matérias orgânicas;
Ø Exposição de trabalhos sobre a semente, o desenvolvimento das plantas, os animais da horta.
Ø Trabalhos sobre a produção de transgênicos e orgânicos no município e no estado.
Ø Palestras, vídeos sobre alimentação saudável.
Ø A importância dos alimentos; tempo de germinação das plantas; técnicas de plantio e preparação do solo.
Ø Reconhecer a importância da cadeia ecológica etc.
Português:
Ø Escrever frases sobre a importância das hortaliças, sua utilidade, suas propriedades etc.
Ø Escolher aquelas que mais lhe agradam ao paladar e narrar de que maneira mais gostam de comê-las.
Ø Trazer de casa diversas receitas com hortaliças (pesquisa).
Ø Criar histórias e personagens com as hortaliças.
Ø Construir um final para a história iniciada pela professora, usando a horta, hortaliças, vitaminas, sais minerais e concluir com um título etc.
Ø Semanalmente as crianças podem fazer individualmente o registro pôr meio de desenho ou escrita do estágio do desenvolvimento que a planta se encontra. O montante de registro de cada criança comporá uma seqüência com todo o processo de desenvolvimento do trabalho que culminará com a colheita e preparo do alimento para que todos comam.
Ø Produções textuais, histórias em quadrinho, poesias e músicas sobre as minhocas.
Ø Produção de livros com as receitas que foram degustadas no desenvolver do projeto.
E ainda...
Ø Se o cultivo da horta for feito com as mãos, estimulará a capacidade motora dos alunos.
Ø Explore também a percepção da textura do solo, cheiro e umidade.
Ø Elaboração de cartaz com todo processo em andamento.
Observando e usando a horta escolar na aplicação dos conteúdos programáticos, o aluno de zona rural poderá, com certeza, construir em sua casa, com seus pais e irmãos, uma horta cuja finalidade será a de ter lucros em seu próprio benefício.
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BIBLIOGRAFIA:
Ø ACHARAM, Y.M. - As Plantas que Curam. Vol. I - 1ª edição - Ed. Li Bra. - São Paulo.
Ø COSTA, R. - Notas de Fitoterapia. - 2ª edição - Rio de Janeiro, 1958. Guia Rural - Ervas e Temperos. Ed. Abril - São Paulo, 1991.
Ø PRIMAVESI, A. - Manejo integrado de pragas e doenças. Ed. Nobel - São Paulo, 1988.
Ø TEIXEIRA, A.S. - Dicas de Alimentos e Plantas para a Saúde. Ed. Tecnoprint S.A. - Rio de Janeiro, 1983.
"Horta como o lugar onde crescem as coisas que, no momento próprio, viram saladas, refogados, sopas e suflês. Também isso. Mas não só. Gosto dela, mesmo que não tenha nada para colher. Ou melhor: há sempre o que colher, só que não para comer.""Pois é, horta é algo mágico, erótico, onde a vida cresce e também nós, no que plantamos. Daí a alegria. E isso é saúde, porque dá vontadede viver. Saúde não mora no corpo, mas existe entre o corpo e o mundo - é o desejo, o apetite, a nostalgia, o sentimento de uma fome imensa que nos leva a desejar o mundointeiro." (A HORTA - Rubem Alves, em "O Quarto do Mistério" )
IMPORTANTE:
Lembramos que o presente material não foi elaborado com intuito de fazer chegar às mãos dos professores “receitas mágicas” mas sim exemplos, modelos, dicas, idéias para que o professor refletindo sobre sua prática diária possa desenvolver seu trabalho de forma que este seja prazeroso e significativo para os alunos.
Autoria do Projeto: Paty Fonte* projetosdinamicos@superig.com.br
Projeto recebido através do grupo: http://groups.google.com/group/sugestaodeatividadeescolar/
sábado, 23 de maio de 2009
Valores
POR QUE ENSINAR VALORES?
(Celso Antunes)
Dizer a uma criança de cinco anos para que coma salada, porque salada “faz bem” não a induz a devorá-la. Se o fizer, fará para agradar a mãe ou, pior ainda, comerá salada “apesar de detestá-la”, porque ainda que não ouse revelar, tem medo da mãe. A criança não gosta das saladas não porque a química que compõe seu organismo a rejeita, mas sim porque não compreende porque deve comer salada. As palavras da mãe não garantem a convicção e em seu nível de conhecimento, comer salada não faz qualquer sentido, ao contrário, por exemplo, de entupir-se de guloseimas. Em verdade, quem recusa a salada na criança não são as suas células gustativas que caracterizam o paladar, mas seu cérebro, pois o cérebro humano jamais aceita o que não lhe faz pleno sentido.
A referência à salada e a circunstância da criança são apenas exemplos simbólicos. Em qualquer idade, somente gostamos do que possui sentido e por esse motivo não somos capazes de decorar um punhado de palavras esdrúxulas, como por exemplo, “murufratagitrari, brucutrape, saratripiu”, mas guardamos com carinho o recado gostoso de que “amanhã será domingo de sol e a praia nos espera”. Se pensarmos bem, a aparente dificuldade da memória para registrar os dois recados acima é absolutamente a mesma, mas fixamos a segunda e não a primeira porque a segunda faz sentido. Em síntese, o “combustível” do cérebro humano é sempre a “significação” e quando tentam nos enfiar na memória frases sem essa essência, reagimos como reage a criança diante da salada imposta.
É por esse motivo que é importante ensinar valores.
Os valores não são como habitualmente se pensa atributos desejáveis ao ser humano, ou fundamentos da dignidade da pessoa, ou objeto de escolhas morais, ou qualidade que pode fazê-lo mais ou menos bonito no contexto social. Ao contrário, os valores são os alicerces da humanidade, a essência da preservação da espécie e o “alimento” que integra e faz prosperar os grupos sociais. Mais que isso, “Valores” são, em última instância, aquilo que pode ser vivenciado como algo que faz sentido e, dessa forma, como tudo quanto dá razão à vida. A vida biológica do homem, tal como a vida biológica da mosca, não necessita ser vivida. Representa simplesmente uma circunstância evolutiva, um acidente orgânico e dessa forma, basta durar apenas o tempo para se reproduzir. Com essa missão orgânica concluída, a vida não tem mais motivo e morrer ou não constitui apenas um acidente que termina outro que a gerou.
Mas, o homem não é apenas constituído por uma vida biológica. É uma vida que alcança a plenitude do sentido porque ama, sofre, constrói, se zanga, se surpreende, foge da tristeza, anseia pela felicidade, cultiva a simpatia, exibe compaixão, embaraça-se, assusta-se com a culpa, cresce com o orgulho, mortifica-se com a inveja e por isso tudo causa espanto e admiração, indignação ou desprezo. “Sem sentir-se “inundado” pelas emoções e pelos valores, a vida não é vida e se fosse possível não tê-los, bastava ao homem passar pela vida e não viver”.
É por esse motivo, insistimos que é importante ensinar valores.
Mas se não se duvida dessa importância, é essencial que se descubra que ensinar valores tal como se insiste com a criança que coma salada, implica em sua rejeição ou, pior ainda, em um domínio sem compreensão, uma aprendizagem sem significação, logo rejeitada pelo cérebro. Valores não se ensinam, pois, com conselhos.
Nada contra os conselhos. Se bonitos e bem intencionados até que não ficam mal em quem quer que seja. Mas, acredita-se que possam ser “apreendidos” representa uma outra história. Os valores, tal como as saladas, precisam de momentos certos para serem mostrados e, sobretudo, necessitam de exemplos para serem explorados, circunstâncias específicas para que sejam compreendidos, ambientes emocionalmente preparados para que sejam discutidos. Assim como não se discute a boa intenção da mãe em tentar empanturrar seu filho de cinco anos de saladas, também não se discute a intencionalidade de se ensinar valores de forma discursiva. Isso até pode ser satisfatório para a consciência de quem transmite, mas certamente é inútil para o cérebro de quem acolhe. Se é que acolhe.
(Celso Antunes)
Dizer a uma criança de cinco anos para que coma salada, porque salada “faz bem” não a induz a devorá-la. Se o fizer, fará para agradar a mãe ou, pior ainda, comerá salada “apesar de detestá-la”, porque ainda que não ouse revelar, tem medo da mãe. A criança não gosta das saladas não porque a química que compõe seu organismo a rejeita, mas sim porque não compreende porque deve comer salada. As palavras da mãe não garantem a convicção e em seu nível de conhecimento, comer salada não faz qualquer sentido, ao contrário, por exemplo, de entupir-se de guloseimas. Em verdade, quem recusa a salada na criança não são as suas células gustativas que caracterizam o paladar, mas seu cérebro, pois o cérebro humano jamais aceita o que não lhe faz pleno sentido.
A referência à salada e a circunstância da criança são apenas exemplos simbólicos. Em qualquer idade, somente gostamos do que possui sentido e por esse motivo não somos capazes de decorar um punhado de palavras esdrúxulas, como por exemplo, “murufratagitrari, brucutrape, saratripiu”, mas guardamos com carinho o recado gostoso de que “amanhã será domingo de sol e a praia nos espera”. Se pensarmos bem, a aparente dificuldade da memória para registrar os dois recados acima é absolutamente a mesma, mas fixamos a segunda e não a primeira porque a segunda faz sentido. Em síntese, o “combustível” do cérebro humano é sempre a “significação” e quando tentam nos enfiar na memória frases sem essa essência, reagimos como reage a criança diante da salada imposta.
É por esse motivo que é importante ensinar valores.
Os valores não são como habitualmente se pensa atributos desejáveis ao ser humano, ou fundamentos da dignidade da pessoa, ou objeto de escolhas morais, ou qualidade que pode fazê-lo mais ou menos bonito no contexto social. Ao contrário, os valores são os alicerces da humanidade, a essência da preservação da espécie e o “alimento” que integra e faz prosperar os grupos sociais. Mais que isso, “Valores” são, em última instância, aquilo que pode ser vivenciado como algo que faz sentido e, dessa forma, como tudo quanto dá razão à vida. A vida biológica do homem, tal como a vida biológica da mosca, não necessita ser vivida. Representa simplesmente uma circunstância evolutiva, um acidente orgânico e dessa forma, basta durar apenas o tempo para se reproduzir. Com essa missão orgânica concluída, a vida não tem mais motivo e morrer ou não constitui apenas um acidente que termina outro que a gerou.
Mas, o homem não é apenas constituído por uma vida biológica. É uma vida que alcança a plenitude do sentido porque ama, sofre, constrói, se zanga, se surpreende, foge da tristeza, anseia pela felicidade, cultiva a simpatia, exibe compaixão, embaraça-se, assusta-se com a culpa, cresce com o orgulho, mortifica-se com a inveja e por isso tudo causa espanto e admiração, indignação ou desprezo. “Sem sentir-se “inundado” pelas emoções e pelos valores, a vida não é vida e se fosse possível não tê-los, bastava ao homem passar pela vida e não viver”.
É por esse motivo, insistimos que é importante ensinar valores.
Mas se não se duvida dessa importância, é essencial que se descubra que ensinar valores tal como se insiste com a criança que coma salada, implica em sua rejeição ou, pior ainda, em um domínio sem compreensão, uma aprendizagem sem significação, logo rejeitada pelo cérebro. Valores não se ensinam, pois, com conselhos.
Nada contra os conselhos. Se bonitos e bem intencionados até que não ficam mal em quem quer que seja. Mas, acredita-se que possam ser “apreendidos” representa uma outra história. Os valores, tal como as saladas, precisam de momentos certos para serem mostrados e, sobretudo, necessitam de exemplos para serem explorados, circunstâncias específicas para que sejam compreendidos, ambientes emocionalmente preparados para que sejam discutidos. Assim como não se discute a boa intenção da mãe em tentar empanturrar seu filho de cinco anos de saladas, também não se discute a intencionalidade de se ensinar valores de forma discursiva. Isso até pode ser satisfatório para a consciência de quem transmite, mas certamente é inútil para o cérebro de quem acolhe. Se é que acolhe.
Fonte:Celso Antunes
sábado, 16 de maio de 2009
Lenda: A origem do Sol e da Lua
Há muitos e muitos anos, em uma pequena aldeia da costa, viviam um homem e sua mulher. Depois de um longo período, o casal teve dois filhos: um menino e uma menina. Os irmãos se davam muito bem, para alegria dos pais. Um não se separava do outro.
O tempo foi passando e as crianças crescendo. Quando os dois irmãos se tornaram adultos, aconteceu algo surpreendente: eles não paravam de brigar. Os pais dos jovens ficaram tristes e espantados. Não conseguiam entender como os filhos, de uma hora para outra, tornaram-se inimigos.
O tempo foi passando e as crianças crescendo. Quando os dois irmãos se tornaram adultos, aconteceu algo surpreendente: eles não paravam de brigar. Os pais dos jovens ficaram tristes e espantados. Não conseguiam entender como os filhos, de uma hora para outra, tornaram-se inimigos.
Na verdade, quem se transformou foi o filho, que tinha inveja da beleza da irmã e por isso vivia a persegui-la. A menina, por sua vez, já estava cansada das implicâncias do irmão e não sabia mais o que fazer para escapar de suas maldades.
Mas um dia ela teve uma idéia:
- Vou fugir para o céu. Só assim escaparei do meu irmão.
A menina então se transformou em Lua.
Quando o rapaz descobriu que a irmã tinha fugido, ficou muito triste e arrependido.
- Se ela foi para o céu, eu irei também. Não posso ficar sem a minha irmã.
E foi isso que aconteceu. O rapaz conseguiu ir para o céu, só que em forma de Sol, e não parou de correr atrás da menina. Às vezes, ele a alcança e consegue abraçá-la, causando então um eclipse lunar.
Adaptação livre de Daniele Castro da lenda esquimó, publicada no livro O Cru e o Cozido, de Claude Lévi-Strauss, editado pela Brasiliense. Publicado originalmente em Ciência Hoje das Crianças 41
domingo, 10 de maio de 2009
A arte de ser mãe
*MÃE*
Você é a mais doce e pura criatura!
A dedicada esposa, mulher e protetora!
Você... Que me permitiu viver e sonhar
Que me amparou e me ensinou a caminhar!
*MÃE*
É seu, o mérito do sucesso que se diz meu!
Pois, você soube transmitir com seu amor,
Sem buscar descanso,
com alegria e louvor,
A garra de luta e a grande vontade de vencer!
*MÃE*
Você plantou em mim a harmonia e a paz.
Soube ensinar-me a ser alguém antes de ter.
Você mostrou sempre como amar e a perdoar!
*MÃE*
Você... Ensinou-me a respeitar e ser respeitada!
Você... Ensinou-me a ter honra e ser honrada!
Você... Ensinou-me a sublime arte de ser Mãe!
(Autor Desconhecido)