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domingo, 6 de abril de 2025

Caça aos ovos da Páscoa

 Que tal brincar com as crianças de caça aos ovos?


Esse é o nosso kit digital Páscoa Caça aos Ovos

Com ele a diversão será garantida!

*Arquivos em PDF já estão prontos para ser impresso e cortado com tesoura ou estilete se preferir.

*O anúncio refere-se a ARQUIVO DIGITAL, ou seja são moldes para a própria pessoa imprimir.


Você receberá: Formato do arquivo: PDF

No arquivo você receberá: pistas, respostas das pistas, as patinhas do coelho para imprimir quantas você quiser, cards para indicar a direção das pistas, plaquinha final parabenizando a criança por ter achado a surpresa final, papel para fazer a carta do Coelho anunciado a caça aos ovos e uma página com ovos em branco caso queira criar outras pistas ou pistas falsas.



Para adquirir o arquivo clique no link ao lado: https://sun.eduzz.com/1864579


Dica de como preparar o seu caça aos ovos de Páscoa:


Na véspera imprima e recorte as pegadas de coelho e no “esconderijo” deixe um pedaço de cenoura, e uma carta. Nesta “carta do Coelho” pode dar a dica do local onde a criança vai encontrar os ovos.

*Dica para impressão: Para um melhor resultado imprimir em papel de gramatura igual ou maior a 180 gr. e nas configurações da impressora usar a melhor qualidade, ou seja, padrão alto.

Escreva em um papel a localização de cada ovo que escondeu. No nosso kit já traz as respostas da localização, mas se preferir poderá anotar o local exato.

Essa lista poderá ajudar a dar pistas e dicas para as crianças que estiverem com problemas para encontrar os ovos. Além disso, a lista das localizações ajudará a encontrar depois da festa, os ovos que foram deixados para trás. Caso esqueça onde escondeu um ovo e ninguém o encontre, ele pode apodrecer, ou se for de plástico, os doces dentro dele podem derreter e atrair insetos.

*Lembre-se de deixar a mesma quantia de ovos por cada criança participante.





quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

📚 Como criar um ambiente de estudo produtivo em casa – Dicas para pais 🎯

Quer ajudar seu filho a ter mais foco e rendimento nos estudos? Um ambiente adequado faz toda a diferença! 

Confira essas dicas para transformar a rotina de estudos em casa em um momento mais produtivo e agradável. 👇

Escolha um local adequado
Um cantinho silencioso, bem iluminado e organizado favorece a concentração. Evite lugares com muitas distrações, como a sala com TV ligada.

Organize os materiais
Tenha à mão lápis, cadernos, livros e tudo o que a criança precisa. Assim, ela não perde tempo procurando o que precisa no meio do estudo.

Estabeleça uma rotina
Criar um horário fixo para os estudos ajuda a desenvolver disciplina e torna o aprendizado mais eficiente. Mas lembre-se de incluir pausas para descanso! ⏳

Evite distrações
Celular, videogame e TV devem ficar de lado nesse momento. Explique a importância do foco para que o tempo de estudo seja bem aproveitado.

Ofereça apoio e motivação
Demonstre interesse pelo que seu filho está aprendendo. Faça perguntas, incentive a autonomia e elogie o esforço dele. O apoio dos pais faz toda a diferença! 💙

Com essas dicas, o aprendizado em casa se torna mais leve e produtivo. Que tal testar essas mudanças hoje mesmo? 😊✨


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Evolução da escrita


Psicogênese da língua escrita



Pré-silábico

O nível pré-silábico é o primeiro dos níveis definidos por Emília Ferreiro na psicogênese da alfabetização.
Existem dois níveis pré-silábicos: pré-silábico 1 e pré-silábico 2.

Pré-silábico 1:
  • A criança ainda não estabelece uma relação necessária entre a linguagem falada e as diferentes formas de representação,a creditando que se escreve com desenhos, isto é, a grafia deve conter traços figurativos daquilo que se escreve (tese da escrita figurativa);
  • As crianças não vislumbram que a escrita tem a ver com a pronúncia das partes de cada palavra.
  • As crianças produzem riscos e/ou rabiscos típicos da escrita que tem como forma básica a letra de imprensa ou a cursiva, podendo então realizar rabiscos separados com linhas curvas ou retas ou rabiscos ondulados e emendados.
  • As crianças fazem tentativas de correspondência figurativa entre a escrita e o objeto referido.
  • Somente quem escreve pode interpretar o que está escrito.
  • A escrita ainda não está constituída como objeto substituto.
  • Usam os mesmos sinais gráficos (letras convencionais ou símbolos, ou mesmo pseudoletras – letras inventadas pela criança) para escrever tudo o que deseja.
  • Acham que os nomes das pessoas e das coisas têm relação com seu tamanho ou idade: as pessoas, animais ou objetos grandes devem ter nomes grandes; os objetos ou pessoas pequenas, nomes pequenos. Presença marcante do realismo.
  • As crianças não separam números de letras, já que ambos os caracteres envolvem linhas retas ou curvas.
  • Acreditam que se escreve apenas os nomes das coisas (substantivos).
  • Só entendem a leitura de desenhos e gravuras, não diferenciando texto de gravura.
  • A leitura é global.
  • A letra inicial é suficiente para identificar uma palavra ou nome.
Pré-silábico 2 (ou intermediário 1)
  • A criança já usa sinais gráficos, abandonando no traçado os aspectos figurativos daquilo que quer escrever. É considerado como nível intermediário 1 e representa a maneira de passar de um nível para a outro de maior complexidade.
  • A criança descobre que desenhar não é escrever
  • O comportamento dos alunos, nos níveis intermediários, costuma ser de rejeição e recusa quanto a produzir algo escrito; Dizem que não sabem escrever e afirmam que com desenho não se escreve.
  • Quando uma criança faz sinais gráficos com desenho junto a eles (escrita e desenho), já superou o conflito. Saiu do impasse. Sabe que desenho não é escrita, e acrescenta-o às letras ou quaisquer outros traçados sem conotação figurativa do que já está sendo escrito com o desenho.
  • As crianças acreditam que para poder ler não podem haver duas letras iguais, uma ao lado da outra.
  • Reconhecem que as letras desempenham um papel na escrita. Compreendem que somente com as letras é possível escrever.
  • Fazem distinção entre imagem, texto ou palavras, letras e números.
  • A vinculação com a pronúncia ainda não é percebida.
  • Duas letras podem ser pensadas como sendo a mesma.
  • Para que seja possível ler ou escrever uma palavra, torna-se necessária uma variedade de caracteres gráficos.
  • As crianças exigem um mínimo de 3 letras para ler ou escrever uma palavra.
  • Para a criança a ordem das letras na palavra não é importante.
Metodologia para o pré-silábico 1 e 2:

} Trabalhar a letra inicial do nome de cada criança: faça as fichas individuais e destaque a letra inicial com a cor vermelha.
} Cada letra trabalhada deve ser colocada em destaque : no quadro, varal, mural, para maior visualização dos alunos.
} Preenchimento da letra com sementes, macarrão, pinta com guache.
} Ligar a letra inicial ao nome, colorindo com lápis de cor ou giz de cera.
} Utilizar jogos.
} Recorte e colagem de letras de revistas e jornais.
} Cobrir os nomes utilizando alfabeto móvel.
} Todo trabalho feito pelas crianças deve ser exposto nos murais da sala.
} Associar letras a nomes que lhes são significativos.
} Trabalhar os aspectos topológicos das letras.
} Utilizar materiais concretos para trabalhar os conceitos de curvas abertas e fechadas (exemplo: barbante para formas as letras).
} Propor noções de aberto e fechado, dentro e fora.
} É indicada a construção de séries de letras e outros objetos em várias posições. Nessa atividade a criança treina o traçado das letras e forma.
} As palavras devem ser trabalhadas e analisadas quanto à quantidade de letras, forma, posição e ordem das letras, letra inicial e final.
} A exploração de palavras inteiras e significativas oferece à criança a possibilidade de apropriar-se de algumas formas escritas.
} Os textos devem ser escritos no quadro ou em cartazes com letra imprensa maiúscula.

· Sugestões de atividadesPré-silábico 1

} Trabalho intenso com os nomes das crianças, destacando as letras iniciais – atividades variadas com fichas, crachás e alfabeto móvel.
} Contato com variado material escrito: revistas, jornais, embalagens, rótulos, letras de músicas, poesias, parlendas.
} Hora da leitura.
} Atividades de escrita espontânea.
} Desenho livre, pintura, modelagem, recorte, dobradura.

· Sugestões de atividadesPré-silábico 2

} Caixa com palavras e nomes significativos.
} Bingo de letras, de iniciais de nomes, de nomes, entre outros.
} Memória das letras, nomes e desenhos
} Baralho de nomes e figuras
} Pescaria dos nomes, letras iniciais.
} Quebra-cabeça variando com gravuras, nomes e letras.
} Trabalhar com álbuns: de rótulos e embalagens, de nomes e retratos, da história da vida da criança.
} Leitura de poesias e quadrinhas, parlendas, músicas.
} Produção de texto oral.
} Conversa informal.
} Correio.
} Etiquetação de objetos
} Estudo e interpretação de figuras.

Silábico


A vinculação entre escrita e pronúncia – parte do que se fala corresponde a parte da escrita.
A criança trabalha com a hipótese de que a escrita representa partes sonoras da fala.
Uma letra para cada sílaba oral também na frase ou uma letra para cada palavra na frase.
Tudo que se diz se escreve (não só os substantivos).
Tentativa de dar valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita.
A escrita representa partes sonoras da fala, porém com uma particularidade: cada letra vale por uma sílaba. Assim, ela utiliza tantas letras quantas forem as sílabas da palavra.
Exemplo:
AO – GATO
EEA - PETECA

· Metodologia:

} No nível silábico trabalha-se simultaneamente com letras, palavras e textos.

} No trabalho com palavras:
o Letra inicial
o Contagem de números de letras
o Desmembramento oral de sílabas

} No trabalho com letras:
o Sons das letras
o Análise da primeira sílaba
o Estudo das formas e da posição das letras (cursiva e maiúscula de imprensa)

} No trabalho com textos:
o Leitura de textos cujo conteúdo já esteja memorizado (exemplo: letra de músicas);
o Estimular a pesquisas e análise das palavras do texto.
o Oferecer diferentes tipos de textos: revistas, rótulos, livros de histórias infantis, embalagens, notícias, etc.
o Trabalhar nome dos alunos, nome dos objetos da classe, histórias, palavras-chave, calendário, montagem e desmontagem de palavras.


· Sugestões de atividades:

} Escrita e recebimento de cartas.
} Elaboração de textos coletivos.
} Reconto e reescrita de histórias.
} Jogos variados com gravuras e letras iniciais, gravuras e palavras.
} Ditado de palavras e frases para diagnóstico do nível conceitual dos alunos.
} Contar o número de palavras de cada frase.
} Ditado com gravuras para os alunos escreverem apenas a letra inicial.
} Colocar letras em ordem alfabética.
} Construir conjuntos de nomes e palavras para cada letra do alfabeto.
} Dicionário ilustrado.
} Completar palavras com a primeira letra (usar o alfabeto móvel)


SILÁBICO-ALFABÉTICO(INTERMEDIÁRIO II)

Conflito entre a hipótese silábica e a exigência de quantidade mínima de caracteres;

Dificuldades da criança coordenar as hipóteses que foi elaborando no curso da sua evolução;

A criança descobre que a sílaba não pode ser considerada unidade, mas que ela é composta de elementos menores – as letras.

} Enfrenta novos problemas:

Percebe que uma letra apenas não pode ser considerada sílaba, porque existem sílabas com mais de uma letra. Assim sem nenhum critério, vai aumentando o número de letras por sílaba;
A criança percebe que a identidade do som não garante a identidade das letras, nem a identidade das letras, a do som. Existem letras com a mesma grafia e vários sons. E sons iguais e grafias diferentes;
A criança enfrentará novos conflitos ao vivenciar os problemas ortográficos que se iniciam nessa fase e se estendem por todo o processo acadêmico;
A criança acrescentar letras à escrita da fase anterior (silábica);
Escreve algumas sílabas completas e outras incompletas (com uma só letra por sílaba). Usa as hipóteses dos níveis silábico e silábico-alfabético ao mesmo tempo;
A ausência de letras em sua escrita não pode ser considerada pelo professor como omissão ou retrocesso, pois é uma fase de conflitos e progressão;
} Nessa fase a criança inicia a leitura independente de textos, palavras, dos livros de literatura, entre outros;
} Algumas crianças utilizam-se da soletração para ler, unindo consoante e vogal. Outras já percebem as sílabas simples na sua totalidade;
} A criança enfrentará novos conflitos ao vivenciar os problemas ortográficos que se iniciam nessa fase e se estendem por todo o processo acadêmico;
} A criança acrescentar letras à escrita da fase anterior (silábica);
} Escreve algumas sílabas completas e outras incompletas (com uma só letra por sílaba). Usa as hipóteses dos níveis silábico e silábico-alfabético ao mesmo tempo;
} A ausência de letras em sua escrita não pode ser considerada pelo professor como omissão ou retrocesso, pois é uma fase de conflitos e progressão;
} Nessa fase a criança inicia a leitura independente de textos, palavras, dos livros de literatura, entre outros;
} Algumas crianças utilizam-se da soletração para ler, unindo consoante e vogal. Outras já percebem as sílabas simples na sua totalidade;
} Pode-se utilizar diferentes tipos e modalidades de letras;
} As crianças terão dificuldades com sílabas complexas; É importante um trabalho de construção dessas sílabas;
} Na leitura, a criança faz antecipações do significados das palavras;
} As crianças esbarram na leitura e escrita de palavras que são iniciadas por vogais. Como saída, elas podem fazer a inversão das letras tanto na leitura como na escrita;
Exemplo:
Amora – leem e escrevem maora
Então – leem e escrevem netão
Esporte – leem e escrevem seporte

· Metodologia

Numa prática construtivista, trabalha-se com todas as sílabas (simples e complexas) ao mesmo tempo e principalmente partindo dos nomes dos alunos, ou de palavras significativas retiradas de textos, dos projetos, de atividades lúdicas ou construídas pelas crianças através do alfabeto móvel e sílabas móveis;
Todas as atividades de leitura e escrita devem está contextualizadas e associadas a uma significação, isto é, ligadas a aspectos da vida das crianças ou às atividades que realizam em sala de aula ou em casa, ou ainda a temas de interesse dos alunos;
Os jogos, as brincadeiras, as rodas de conversa, a troca de ideias entre os alunos, e mesmo um pouco de competição entre eles, tornam a aprendizagem um processo de construção do conhecimento por eles mesmos.

· Sugestões de atividades:
} Jogos e atividades com alfabeto móvel;
} Caça-palavras;
} Jogos de memória, bingo, dominós;
} Jornal falado;
} Escritas de cartas, bilhetes, listas, anúncios, propagandas;
} Produção de textos coletivos;
} Adivinhações, trava-línguas, quadrinhas;


Alfabético:

} Esse nível é caracterizado pelo reconhecimento do som da letra;
} O primeiro problema que a criança enfrenta se refere aos tipos de sílabas:generalizam que as sílabas têm sempre duas sílabas com duas letras e dificilmente concluem que podem ter menos ou mais do que isso;
} Devido à frequência de sílabas constituídas de consoantes e vogal, os alunos acreditam que todas as sílabas são assim.
} O segundo problema que as crianças vivenciam é a separação das palavras na produção textual. Ora as crianças emendam palavras, ora dividem palavras em duas ou três partes.
Isso acontece porque, quando a criança escreve, concentra-se na sílaba; assim, para ela as palavras tendem a desaparecer como um todo.
} O terceiro problema refere-se a ênfase sobre a escrita fonética. A criança, ao dar ênfase à escrita fonética, ou seja, a adequação fonética do escrito ao sonoro, enfrenta questões ortográficas;
Descobre que outras letras, como o “X” com som de “CH”, “S” com som de “Z”, etc. chegando a constatar que isso acontece com muitas palavras.
} E ainda enfrenta dificuldades na escrita e na leitura de sílabas complexas.
} Nessa fase a criança faz a leitura sem imagem e com imagem

· Metodologia:

} A montagem de situações didáticas não é feita genericamente para toda uma classe de alunos, mas dirigida especificamente para alunos em diferentes níveis do processo;
} Utilizar diferentes recursos didáticas-metodológicos construtivistas para trabalhar a língua escrita: desenhos, poesias,cartas, músicas, receitas, teatro,recortes de jornais e revistas, rótulos e embalagens;
} Todo o trabalho é desenvolvido sem que tudo seja dado “pronto” ao aluno, mas sim através das descobertas feitas pelas próprias crianças;
} A prática de produção de textos é uma atividade essencial ao longo de todo o processo de alfabetização;
} Nesse nível, a criança já é capaz de escrever sozinha os seus próprios textos;
} A produção de textos pode ser individual ou coletiva.
} Desenvolver um trabalho com sílabas começando pela identificação parcial, pelo desmembramento das palavras das palavras em todas as suas sílabas e pela montagem de palavras por meio de sílabas, só chegando às famílias silábicas através das descobertas dos próprios alunos;

· Sugestões de atividades:
} Produção de textos a partir do desenho do aluno;
} Exploração de textos individuais com toda a classe;
} Escrita de textos a partir de outros textos já conhecidos pelos alunos: letras de músicas, poesias, histórias memorizadas, descrição de brincadeiras, regras de jogos, etc.
} Produção de textos coletivos sobre acontecimentos ou interesse dos alunos naquele momento;
} Análise de palavras numa frase ou texto
} Contar número de palavras numa frase ou texto;
} Distinção de uma só sílaba na palavra escrita;
} Identificar a quantidade de letras e sílabas numa palavra;
} Atividade para completar a primeira e a última sílaba das palavras com material concreto;
} Jogos: mico, bingo, memória, dominó (com palavras e sílabas iniciais ou finais);
} Escrita de palavras ou nomes que iniciam ou terminam com uma determinada sílaba;
} Constituição de palavras com sílabas e alfabetos móveis;
} Completar fichas com as letras que faltam (usando o alfabeto móvel);

Teste da psicogênese:

} As crianças precisam saber do que se trata (tema).
} Não usar a palavra teste com elas.
} Usar quatro palavras e uma frase que façam parte do mesmo campo semântico e que façam parte da vivência das crianças (dentro do tema escolhido).
} Na frase deve se repetir a palavra dissílaba.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Ações diárias para ajudar os pais a incentivar o melhor desenvolvimento de seus filhos


Uma ONG britânica sugeriu nesta semana uma lista de cinco ações diárias para ajudar os pais a incentivar o melhor desenvolvimento de seus filhos e com isso aumentar também a mobilidade social.

A organização CentreForum, autora do estudo, sugere que as autoridades realizem campanhas públicas para divulgar os cinco passos, nos moldes de uma campanha de saúde pública do governo britânico para estimular as pessoas a comer cinco porções de frutas, legumes ou verduras por dia.

Os "cinco por dia" dos pais, segundo a ONG, são: ler para seu filho por 15 minutos, brincar com ele no chão por 10 minutos, conversar por 20 minutos com a TV desligada, adotar atitudes positivas em relação ao seu filho e elogiá-lo com frequência e dar ao seu filho uma dieta nutricional para ajudar seu desenvolvimento.

O objetivo da campanha, segundo a organização, seria evitar que maus hábitos dos pais prejudiquem o desenvolvimento físico e mental dos filhos e suas chances de sucesso profissional futuro.

Vocabulário
Segundo o relatório, que deve ser analisado pelo governo, a qualidade da criação e as influências educacionais nos primeiros meses e anos de vida da criança tem uma grande influência no sucesso educacional e profissional futuro.

“As evidências sugerem que o vocabulário da criança aos cinco anos é o melhor indicador único da mobilidade social posterior para crianças de famílias de mais baixa renda”, comenta o documento.

O relatório observa que uma grande proporção de menores infratores tem baixa capacidade de leitura e escrita.
A organização cita ainda pesquisas segundo as quais as crianças de famílias de mais baixa renda têm um vocabulário menor, índices de alfabetização mais baixos e dietas mais deficientes que as crianças de famílias mais abastadas.

“Uma nutrição apropriada é crucial durante os primeiros meses e anos de vida, quando o crescimento corporal e o desenvolvimento cerebral são mais rápidos do que em qualquer outro período”, observa o relatório.

Elogios e críticas
A proposta da CentreForum foi elogiada pela secretária nacional para a Infância, Sarah Teather, que prometeu que o governo vai analisá-la.

O deputado opositor Graham Allen, que recentemente publicou um relatório sobre infância encomendado pelo governo britânico, também elogiou o relatório do CentreForum e disse que uma campanha nacional poderia quebrar o ciclo vicioso das más práticas de criação pelos pais.

“É um ciclo entre gerações, que repete as más práticas de criação. Em uma região como a que eu represento, que tem um dos mais altos níveis de gravidez adolescente na Europa e um dos menores números de pessoas chegando à universidade, quebrar esse ciclo para dar a cada criança a chance de atingir seu potencial é realmente importante, particularmente para crianças de famílias de baixa renda”, disse ele à BBC.

Apesar disso, as propostas também foram alvo de críticas por grupos que afirmam que sua aprovação significaria o aumento do já alto controle do Estado sobre as ações dos indivíduos, no que chamam de “Estado-babá”.

Os "cinco por dia" para os pais

  • leia para seu filho por 15 minutos
  • brinque com ele no chão por 10 minutos
  • converse com seu filho por 20 minutos com a TV desligada
  • adote atitudes positivas em relação ao seu filho e o elogie com frequência
  • dê ao seu filho uma dieta que ajude seu desenvolvimento

Fonte:Parenting matters, CentreForum

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Alfabeto ( cartaz )



 Olá!

Trouxe um alfabeto que poderá ser baixado gratuitamente. Depois é só imprimir e fixar na parede ou imprimir em tamanho reduzido e usar como suporte para o processo de alfabetização dos pequenos.

Em 2 modelos (fundo do mar e espaço)









TERMO DE USO:
Material gratuito para uso pessoal e educacional. Você pode fazer o download, imprimir e utilizar em seu trabalho, com seus alunos ou em sua casa com os seus familiares. NÃO É AUTORIZADO TRANSFORMAR ESTE MATERIAL EM PDF e somente pode ser compartilhado em redes sociais pelo link desta postagem! Todos os direitos desta obra pertencem ao Blog Pedagógiccos. Qualquer forma de copiar, armazenar e compartilhar esse material em PDFS ou IMAGENS  sem consentimento constitui crime, pela lei de direitos autorais 9.610/98!



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Cuidado com a "brincadeira" da rasteira!!! Ela pode ser fatal!


A nova e perigosa "brincadeira" chamada de "quebra-crânios" ou "desafio da rasteira" tem preocupado pais e professores de todo o Brasil. Os vídeos que viralizaram na internet nos últimos dias mostram jovens sendo derrubados durante a perigosa "moda", que pode causar danos como traumatismo craniano, paralisia e até levar à morte.
Pais e professores orientem seus filhos em relação a essa brincadeira de mau gosto que pode destruir vidas!!!

Veja o alerta da Sociedade Brasileira de Neurologia:



Fonte: Sociedade Brasileira de Neurologia


Fonte: Prefeitura de Ponta Grossa


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Escola deve alertar Conselho Tutelar quando aluno atingir 30% do limite de faltas



Foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro a Lei 13.803, de 2019, que determina a notificação imediata aos conselhos tutelares, no caso de faltas escolares de alunos dos ensinos fundamental ou médio que ultrapassarem em 30% o percentual permitido pela legislação em vigor.
Até então, o procedimento era previsto somente quando o número de faltas ultrapassasse o limite em 50%. Pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB – Lei 9.394, de 1996), um aluno não pode ser aprovado caso apresente uma quantidade de faltas superior a 25% das horas-aula dadas no ano letivo.
A LDB determina que o ano escolar deve ter 200 dias letivos. Levando em conta esse dado (que ainda pode variar em função da distribuição das horas em cada jornada), o aluno que faltar a mais de 50 dias de aula não pode ser promovido para o próximo ano escolar. Seguindo esse parâmetro, antes da nova lei, a escola deveria alertar o Conselho Tutelar quando o aluno faltasse a 25 dias de aula. Agora, essa notificação deve ser feita quando o estudante se ausentar da escola por 15 dias.
A legislação também determina que cada escola tem a obrigação de acompanhar a frequência de seus alunos durante todo o ano letivo, de acordo com o planejamento estabelecido pela respectiva secretaria de Educação, notificando os pais e o Conselho Tutelar no caso de faltas reiteradas.
O projeto que altera a atual legislação (PLC 89/2018é da deputada federal Keiko Ota (PSB-SP), com parecer favorável da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Para ele, o Estado precisa se antecipar ao problema no sentido de reduzir o número de faltas e, com isso, combater a repetência e a evasão escolar.
A matéria foi aprovada no Plenário do Senado em dezembro do ano passado.
Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Dica de livro infantil: As Cores dos Pássaros


As Cores dos Pássaros, de Lucia Hiratsuka



Havia um tempo em que os pássaros não tinham cores. Certa manhã, Dona Coruja teve uma ideia. Juntou várias tintas e anunciou que tingiria tudo. Misturou cores, pintou tecidos e, em dado momento, decidiu colorir as próprias penas. Foi o suficiente para outros pássaros se encantarem e pedirem a ela que os pintasse também.

Crianças que falam palavrões

Oi gente!!!


Você tem um filho ou aluno que fala palavrões?
Leia o post e entenda um pouquinho mais sobre esse assunto:

É normal que ao longo do crescimento, quando as crianças já frequentam outros ambientes além do familiar, elas descubram coisas novas. Os palavrões são exemplos dessas “coisas”.
Quando a criança vai para a escola começa a se interessar pelas coisas que os amigos fazem, pois os exemplos servem sempre de modelo.
Assim, ao aprender um palavrão é normal que o repita para as pessoas de sua família. Os pais devem passar essas informações para a professora, a fim de solucionar o problema.
Pais que não tem esse hábito costumam ficar chocados, pois acreditam que a escola começa a prejudicar a educação que eles têm dado ao filho.
O palavrão aparece no vocabulário da criança como uma palavra qualquer, já que não conhece nem entende seu significado.
Se em casa a criança não recebe este exemplo, os pais podem ficar tranquilos, pois os valores inseridos na família são os que vão prevalecer. Porém, é importante que expliquem que estas são palavras feias e que na família não se falam dessa forma. A criança irá aprender sobre esses conceitos, com certeza.
Quando a família tem o hábito de utilizá-los, ensinar aos filhos que não se pode falar torna-se uma tarefa quase impossível. Normalmente as crianças, além de copiarem os exemplos de pais e irmãos, querem saber por que não podem falar se os maiores falam, ou se os próprios pais se tratam com desrespeito e xingamentos.
Se a família é harmoniosa, se tratam com respeito, carinho e atenção uns aos outros, a criança tende a se espelhar nesses exemplos, tornando-se tranquila, educada e de bom convívio social. Se o ambiente familiar é de discórdia, intriga, agressões, a criança também aprenderá esse modelo e o levará para outros meios sociais em que convive. Normalmente são crianças mais agressivas e agitadas.
Na escola, quando isso acontece, a professora deve estar atenta para que o palavrão não se torne uma prática dentro da sala de aula, propondo como regra e limite da turma que os mesmos não sejam usados. Deve também conversar com os pais da criança que xinga, para buscar informações sobre o assunto, se a criança tem ou não contato com pessoas que falam palavrões.
É bom lembrar que as regras de boa convivência social vão sendo compreendidas e absorvidas pelas crianças na medida em que vivenciam as mesmas. Então, nada de se descabelar, como se isso fosse coisa de outro mundo. Afinal, quanto mais natural o assunto for tratado, menos chamará atenção da criança, levando-a a esquecer logo os mesmos.

FONTE: Jussara de Barros/Equipe Brasil Escola









 Sugestão de livros para trabalhar com os seus alunos:


SINOPSE:
 Quando Edu xinga Luísa na escola, ela precisa se defender. Para isso, arruma um palavrão daqueles de deixar qualquer um vermelho.



Possibilidades Pedagógicas
- As personagens da coleção "E agora?", dois meninos e duas meninas, vivem um cotidiano parecido com o dos leitores a quem a coleção se destina, as crianças de 3 a 6 anos que vivem na zona urbana (ver p. 2 e 3). A semelhança de espaço e de rotina de vida permite a identificação do leitor com o universo das personagens, facilitando o seu "mergulho" no enredo da história.
Assim, lendo as imagens, ouvindo do mediador de leitura o texto escrito, brincando de ser ora a Luísa, ora o Edu, ora o Júlio, ora a Samira, a criança poderá:   - identificar e enfrentar situações de conflito, utilizando seus recursos pessoais, respeitando as outras crianças e adultos e exigindo reciprocidade;   - identificar e compreender a sua pertinência aos diversos grupos dos quais participa, respeitando suas regras básicas de convívio social e a diversidade que os compõem (Referencial Curricular de Educação Infantil. Formação Pessoal e Social. Brasília, MEC, p. 27 e 28).
Em Luísa fala palavrão, a história permitirá um trabalho pedagógico direcionado para o conhecimento, o respeito e a utilização de algumas regras elementares de convívio social: o uso de formas "adequadas" de tratamento entre pessoas, mesmo quando emoções mais fortes tomarem conta da situação. A orientação de um especialista para pais e professores dará mais segurança e ampliará as possibilidades de trabalho dos mediadores de leitura envolvidos com a criança (ver o Guia para pais e professores, no final do livro).
A ilustração alegre e bem-humorada das cenas – com destaque especial para a representação dos palavrões em monstrinhos que podem dominar o usuário, machucar a orelha do ouvinte e conviver com o lixo (p. 13) – fará o pequeno leitor ler o livro várias vezes sozinho, depois da primeira leitura mediada pelo professor e/ou pelos pais.
Essa leitura permitirá um trabalho pedagógico centrado nas Artes Visuais, com destaque para os elementos da narrativa (personagens, enredo, espaço, tempo e narrador) que, depois de conhecidos, poderão ser representados em outras linguagens como teatro de fantoche, fantoche de massinhas, desenho e colagens.


SINOPSE: 
  • Na escolhinha, Camila passa a conviver com outras crianças e acaba aprendendo um monte de palavrões! O problema é que eles começam a escapar de sua boca sem querer. Quem não vai gostar nem um pouco disso são os seus pais. Como Camila vai resolver esse problema? O que fazer para parar de falar nomes feios?!




PROJETO: NÃO FALE PALAVRÃO

O palavrão é um fenômeno de linguagem revestido de tabu. Embora pertença à categoria gíria, desta se distingue porque tem caráter ofensivo, chulo, obsceno, agressivo e imoral. São formas inadequadas para a norma culta e mais comumente presentes na linguagem oral popular e coloquial.

Os palavrões são classificados em três categorias:
1. Pessoal: insulto com o objetivo de agredir o outro;
2. Ritual: insulto sem intenção de magoar o outro, mas com o propósito de chamar atenção para a pessoa e não para o significado do palavrão;
3. Solidário: insulto que marca proximidade entre indivíduos, tendo em vista que as expressões faciais e os gestos tanto do locutor quanto do receptor não deixam transparecer tenção durante o diálogo.

Embora a evolução da linguagem indique que o palavrão está sendo utilizado com mais permissividade em certos espaços sociais, ele ainda não é aceito e providências são tomadas para conter o seu uso. Ainda que se trate de textos ou obras escritas para adolescentes, os vocábulos vulgares são evitados, mantendo certa flexibilidade em relação a palavrões menos agressivo ou imoral. Os palavrões impossibilitam uma boa comunicação e enfraquece a capacidade argumentativa. Cabe à escola propiciar aos jovens um espaço para reflexão lingüística e prepará-los para momentos em que não poderão se comunicar de forma vulgar.


Podemos levantar algumas hipóteses sobre o que os professores sentem em relação ao palavrão em sala de aula, considerando que os vocábulos são chulos, obscenos e tabus.
1. Não se sentem confortáveis em tratar do palavrão na sala de aula;
2. Ignoram a presença do palavrão na sala de aula;
3. Não dão explicações sobre palavrão quando os alunos as solicitam;
4. Não reconhecem o palavrão como parte da língua;
5. Sentem-se impotentes diante do uso do palavrão em contextos onde não cabe a linguagem vulgar;
6. Sentem medo se abordar assuntos que geram polêmica. 

Entendemos que a atuação dos professores para a solução de problemas em relação aos palavrões na escola é fundamental, tendo em vista que está ligado diretamente ao contexto social do aluno. A presença do palavrão na sala pode ser uma importante ferramenta para discutir os fatores sociolingüísticos que estão presentes na realidade dos alunos, afetando suas relações, valores e vivências. A escola tem obrigação de mostrar os outros caminhos que o aluno tem para se comunicar e os professores não devem se preocupar somente em abolir os palavrões, mas também incentivar a prática da norma culta, que ele irá utilizar no mercado de trabalho. Os alunos devem estar preparados para enfrentar esses desafios. Por mais que a escola acolha a linguagem que os educandos trazem de outros ambientes, ela é um ambiente educativo.



OBJETIVOS GERAIS:

* Discutir o sentido ético da convivência humana nas suas relações com as várias dimensões da vida social;

* Compreender a importância da linguagem sem ofensas e insultos nas relações sociais;

* Adotar atitudes que vise resgatar valores como respeito e a tolerância, bem como valorizar o diálogo, a solidariedade e a justiça.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
* Refletir sobre as maleficências dos vocábulos obscenos;
* Relacionar os vocábulos aos seus significados de acordo com o contexto em que está inserido;
* Reduzir o interesse pelos palavrões;
* Reconhecer os palavrões (insulto) como um tipo de violência contra as pessoas;
* Reconhecer atos de violência entre adolescentes;
* Reconhecer a importância dos amigos, da esperança, do sorriso, do perdão, da tolerância e da coragem;
* Expressar idéias, sentimentos, medos, opiniões;
* Construir argumentações;
* Opinar a partir de dados coletados, pesquisas;
* Refletir sobre sua atitude em casa, na escola e em outros lugares;
* Cooperar com os colegas;
* Valorizar a linguagem;
* Adotar atitudes de valorização das amizades;
* Repudiar o preconceito e toda forma de violência;

METODOLOGIA
1. Primeiro momento: “Tempestades de idéias”
O professor motivará os alunos a apresentar uma definição para o termo palavrão. As respostas deverão ser escritas no quadro sem a necessidade de comentá-las
O professor distribuirá entre os alunos um texto que fala sobre o palavrão. Em seguida, eles deverão confrontar e discutir o texto com as informações escritas no quadro. O professor poderá pedir aos alunos que procurem no dicionário o significado das palavras que não entenderem.

Sugestão de textos

a) O que é palavrão?

Uma palavra de baixo calão, popularmente conhecida como palavrão, é um vocábulo que pertence à categoria de gíria e, dentro desta, apresenta cunho chulo, ofensivo, rude, obsceno, agressivo ou imoral sob o ponto-de-vista de algumas religiões ou estilos de vida. Palavras de baixo calão, ou simplesmente, palavrões, são formas inadequadas na norma culta da língua portuguesa e geralmente usados de forma popular e coloquial, exceto por licença poética.
Do site Wikipédia

b) Palavrões: por que falamos?

Todos sabem o que são palavrões. Ao contrário das regras gramaticais, aprendemos palavrões e como usá-los sem precisar estudar e sem qualquer explicação. Mesmo crianças pequenas sabem que certas palavras são "feias", embora nem sempre saibam o significado delas. Mas palavrões não são tão simples como parecem ser. Nossos sentimentos a respeito disso são contraditórios: falar palavrões é um tabu em quase todas as culturas, mas em vez de evitá-los, como fazemos com outros tabus, nós os usamos freqüentemente. A maioria os associa à raiva ou frustração, mas eles são usados por vários motivos e em diversas situações. Imagine que você não pode se acertar com determinado oponente mais forte. O que faz, então? Chama um monte de palavrões antes de apanhar, literalmente muitas vezes! Xingar também satisfaz diversos objetivos em interações sociais. Além disso, seu cérebro lida com palavrões de forma diferente das outras palavras.
Daladier Lima


2. Segundo Momento:
O professor escreverá no quadro a palavra PALAVRÃO. Será distribuído aos alunos um pedaço de papel para que escrevam uma frase cujo tema é: “O que eu penso sobre o palavrão.” Todas as frases serão coladas em uma cartolina.
Nesta etapa, o professor deve conceituar palavrão e abordar temas como posturas, crenças, valores e tabus a ele associados. As categorias do palavrão (pessoal, insulto e solidário) também devem ser abordadas. Deve-se estar atentos para as eventuais dúvidas ou curiosidades.


3. Terceiro Momento: Coleta de dados
O professor entregará aos alunos um questionário de múltipla escolha.O questionário será elaborado de forma que o aluno reflita sobre como os palavrões o afetam individualmente e coletivamente.

Questionário 1: Grau de incidência do palavrão.
No seu dia a dia você escuta palavrões:
a) A todo instante
b) Com certa freqüência
c) Raramente
d) Nunca

Questionário 2: Local de maior incidência do palavrão.
O lugar em que você mais escuta palavrões é:
a) Na rua
b) Em casa
c) Na escola
d) Em casa de conhecidos

Questionário 3: Constatação da função do palavrão.
Geralmente o palavrão que você mais escuta é dito:
a) Por uma pessoa que xinga a si mesmo
b) Por alguém que xinga outra pessoa
c) Por alguém que xinga objetos e coisas que o cerca

Questionário 4: Constatação de quem mais pronuncia palavrão.
Quem você mais ouve falar palavrões?
a) Seus pais ou responsáveis
b) Alunos
c) Seus amigos
d) Desconhecidos que andam pelas ruas

Questionário 5: Significado do palavrão
Você já solicitou explicação sobre o significado de algum palavrão?
a) Sim, mas não fui atendido
b) Sim, e fui atendido
c) Não, nunca solicitei.

Após a coleta de informações, o professor criará com os alunos um gráfico contendo as respostas em forma de porcentagem. Em seguida, discutirá com os alunos os resultados apresentados, instigando-os para que eles se expressem sobre o mesmo, expondo suas opiniões e como encaram os dados obtidos. O gráfico poderá ser colocado ao lado do cartaz com as frases dos alunos.

4. Quarto Momento: “O Valor do perdão”
O professor conversará com os alunos sobre o perdão, a humildade que devemos ter em perdoar e pedir perdão. Ressaltar que o perdão é sinal de humildade e não de humilhação, e só as pessoas humildes são capazes de usar o perdão. Através da humildade conseguimos trazer para nós os amigos, fazemos as pessoas estarem perto de nós porque sentem prazer na nossa companhia, da nossa conversa. Com a humildade aprendemos a ouvir, a falar na hora certa sem ofender.


O ato de perdoar não está no simples fato de dizer “eu te perdoo”. O perdão é o esquecimento das ofensas, é não deixar as energias negativas que nos motivavam a vingança tomarem a nossa consciência induzindo-nos a praticar algo contra o ofensor. O perdão é, de consciência tranquila, ignorar as falhas da pessoa que nos ofendeu ou magoou. Todos nós somos imperfeitos e cometemos falhas. Saber perdoar ou pedir perdão ou desculpas pelos nossos erros nos tornam pessoas mais preparadas para conviver em harmonia, pois ninguém gosta de relacionar-se com pessoas arrogantes e que não sabem reconhecer os seus erros.


É importante lembrar que o ódio, a raiva ou a vingança geram conseqüências para ambos os lados. Quem não sabe pedir perdão viverá num ciclo vicioso, uma vez que cometerá outras ofensas, que gerarão outras e assim por diante. Quem não sabe perdoar, esquecer as ofensas, também é prejudicado, porque vai carregar a mágoa e o rancor dentro de si, trazendo conseqüências à saúde mental, física e espiritual, inclusive doenças.


Na sala de vídeo, o professor exibirá alguns vídeos que falam sobre o perdão e o amor ao próximo. Se músicas forem trabalhadas, deve-se distribuir a letra da música para que os alunos possam ouvir, acompanhar ou até mesmo cantar.


O professor pedirá que os alunos façam uma reflexão sobre seus atos, momentos em que ofenderam colegas e amigos através de palavrões, agressões físicas ou verbais. Cada aluno escreverá um bilhete com pedido de desculpas ou reconciliação a alguma pessoa com a qual se desentendeu. Pode ser alguém da turma, de outra sala, um professor ou funcionário da escola. Junto ao bilhete será anexado um bombom. A resposta do destinatário não deverá ser por escrito e sim, através de um abraço ou aperto de mão, num momento de confraternização para finalizar este quarto momento.


5. Quinto Momento:
O professor motivará os alunos a montar uma dramatização que retrate o que aprenderam sobre o projeto. Os alunos deverão montar com a orientação do professor o roteiro da dramatização, a fala de cada componente e o cenário da apresentação. Este momento terá duas etapas: a elaboração do roteiro e a apresentação da peça, por isso, será o momento mais demorado, mas que poderá ser mais prazeroso que os outros. Para a apresentação, serão elaborados convites à equipe administrativa e pedagógica, professores e alunos de outras turmas.


AVALIAÇÃO:

A avaliação deve ser ampla, contínua e coerente com os objetivos propostos nas aulas. Ela abrange muito mais que “medir”. É a percepção do aluno em todos os seus aspectos, tais como, desenvolvimento de atitudes, aquisição de conceitos e domínio de procedimentos.


CONCLUSÃO
Se o estudo do palavrão é considerado pelos sócios-lingüistas como um trabalho de difícil realização, para os professores, o palavrão como conteúdo escolar não poderia ser diferente. O tabu e a estreita relação com a obscenidade fazem do palavrão um conteúdo a ser evitado no ensino de línguas. O professor que conseguir explicar aos seus alunos a função lingüística do palavrão é porque tem coragem suficiente para superar preconceitos e tem condições para convencer pais e outros profissionais da escola de quão importante é receber orientação para o uso adequado da linguagem.

Tendo em vista que o projeto tem como prioridade intervir sobre o uso de palavrões por alunos, será interessante verificar se essa maneira de se expressar tem sua origem no ambiente familiar. Em outras palavras, será que os alunos falam palavrões na escola porque eles os ouvem em casa? Por outro lado, a escola precisa agir e para isso deve contar com todos para frear o uso de palavrões entre os jovens, uma vez que parte da violência dentro da escola pode ter sua origem no palavrão, quando pronunciado para ofender o outro. Fazer um trabalho com os alunos para transformar a sala de aula em espaço livre de palavrões, poderia ser o início do trabalho de mais cuidado com a linguagem utilizada na escola.

FONTE: http://ponderador.blogspot.com.br