Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, encontraram uma natureza exuberante e um povo nativo muito diferente do europeu. Como acreditavam ter chegado à Índia, que era o destino de sua viagem, apelidaram esse povo de índio.
Para os colonizadores europeus, todos os nativos eram índios. Essa generalização proposital favoreceu a dominação desses povos. Na verdade, existiam muitas nações, com uma incrível variedade de tradições, idiomas, manifestações artísticas e modos de vida, que viviam disputando territórios.
O que os igualava era o respeito à natureza, afinal, era dela que eles dependiam para viver: onde caçavam, pescavam, colhiam frutos e raízes. No início, os europeus se aproveitaram dessa diversidade e usaram o índio como aliado. Porém, logo decidiram torná-lo escravo e, nessa luta, inúmeras populações foram praticamente destruídas.
Em 19 de abril de 1940, o 1o Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, instituiu o Dia do Índio. No Brasil, o dia foi oficializado a partir de 1943, por decreto do então presidente Getúlio Vargas, graças ao empenho motivador do marechal Cândido Rondon, um dos primeiros a se preocupar com essa questão no país.
De origem indígena, marechal Rondon estimulou a criação do Serviço de Proteção ao índio (SIP), atual Fundação Nacional do índio (FUNAI), cuja responsabilidade crítica diz respeito à preservação de nossa memória cultural e, principalmente, à preservação da cultura indígena.
Sua tarefa principal é promover a educação básica aos índios, demarcar, assegurar e proteger as terras por eles tradicionalmente ocupadas, estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os grupos indígenas.
Além disso, é de sua competência defender as comunidades indígenas; despertar o interesse da sociedade nacional pelos índios e suas causas; gerir o seu patrimônio e fiscalizar as suas terras, impedindo as ações predatórias dos seculares aproveitadores, e outras que ocorram dentro de seus limites e representem risco à vida e à preservação desses povos.
A realidade indígena hoje é diferente de quando eles eram os donos desta terra. Obrigados a viver em áreas cada vez menores, os índios foram, gradativamente, perdendo seus hábitos e costumes. O contato com o homem branco contribuiu para essa aculturação, além de levar doenças e outros males para dentro das aldeias.
Muitos índios buscaram fugir da miséria migrando para os grandes centros urbanos. Mas, vítimas de preconceito e sem conseguir se integrar, transformaram-se em indigentes; uma triste realidade que em nada lembra os tempos gloriosos de guerreiros e caçadas.
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